EUA criticam governo palestino por inércia ante onda de violência
O vice-presidente americano, Joe Biden, criticou implicitamente, nesta quarta-feira (9), em Jerusalém, o governo palestino por se negar a condenar claramente a onda de violência contra israelenses.
Publicado em:
Apesar de não ter citado diretamente o governo palestino, dentro do contexto atual, a declaração de Biden parece ser diretamente direcionada a eles. “Os Estados Unidos condenam estes atos e condenam aqueles que não os condenam”, disse Biden durante uma entrevista coletiva ao lado do primeiro-ministro israelense, Benyamin Netanyahu. “Este tipo de violência que vimos ontem, a falha ao não condená-los, é a retórica que incita mais violência e retaliações, e isso precisa acabar”, completou Biden.
Uma turista americana morta
Nos últimos dois dias, pelo menos seis ataques contra israelenses aconteceram em Israel, Jerusalém e nos territórios palestinos. Taylor Force, uma turista americana de 29 anos, foi morta na terça-feira (8). Outras quinze pessoas ficaram feridas, muitas em estado grave, de acordo com as autoridades locais.
O vice-presidente americano prestou suas condolências à família de Force, destacando o fato de ela ter servido o exército americano no Afeganistão e no Iraque.
Presidente Abbas apoia resistência “pacífica”
O presidente palestino Mahmoud Abbas se absteve de condenar a onda de violência atualmente em curso e se declarou favorável a uma resistência “popular” e “pacífica”. Ele imputa a culpa pela violência atual à ocupação israelense em geral, sem fazer distinção entre os ataques contra civis palestinos ou os confrontos regulares entre palestinos e forças israelenses.
No final da tarde desta quarta-feira, Biden deve viajar para Ramallah para se encontrar com Abbas.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro