OMS lança campanha para financiar luta contra o zika
A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou nesta quarta-feira (17), em Genebra, uma campanha para arrecadar US$ 56 milhões (R$ 240 milhões) para financiar a luta contra o vírus zika.
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Pelos cálculos da organização, US$ 25 milhões seriam usados para financiar ações da OMS e suas filiais no continente americano, região mais atingida pelo vírus transmitido pelo Aedes aegypti. O restante, US$ 31 milhões, deverá ser distribuído entre as organizações ligadas à OMS com ações de combate ao vírus, suspeito de provocar doenças neurológicas em recém-nascidos, como a microcefalia, e a síndrome de Guillain-Barré.
Os recursos devem ajudar a controlar o vírus zika, melhorar o combate ao mosquito transmissor, divulgar os riscos e as medidas de proteção, garantir o acesso de pessoas infectadas aos serviços médicos e acelerar o desenvolvimento de vacinas, tratamentos e testes para diagnóstico.
Emergência internacional
Depois das críticas recebidas por sua atuação na recente epidemia do ebola na África, a OMS lançou um programa de emergência contra o vírus zika. No início de fevereiro, a organização decretou "emergência internacional de saúde pública" devido ao vírus zika e seu suposto vínculo com o aumento dos casos de microcefalia, uma má-formação congênita, e da síndrome de Guillain-Barré, em oito países.
Mais de 4 mil casos suspeitos de microcefalia foram registrados até o momento, dos quais 400 foram confirmados.
Especialisas no Brasil
Nesta quarta-feira, tem início no Brasil encontros de duração de dois dias com especialistas em tecnologia para erradicar o mosquito transmissor da zika, mas também da dengue e chikungunya. A eliminação do Aedes aegypti é considerada até o momento a única estratégia imedidata para controlar o avanço da epidemia.
A partir de amanhã e sexta-feira (19) desembarcam no país missões da FDA (Food and Drug Administration) e do Instituto Nacional de Saúde (NIH) que se juntarão aos técnicos do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), também dos Estados Unidos, que já se encontram no Brasil.
Além dos especialistas americanos, a diretora-geral da OMS, Margareth Chan, também desembarca nos próximos dias no país para avaliar a epidemia do vírus zika e seu suposto vínculo com os casos de microcefalia em bebês.
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