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Rússia critica "ataques de provocação" da Turquia contra curdos na Síria

A Rússia taxou de provocação os ataques turcos contra posições curdas e do regime de Bashar al-Assad no norte da Síria, que, segundo Moscou, ameaçam a paz na região.

Cursos na cidade síria de Sinjar
Cursos na cidade síria de Sinjar AFP/SAFIN HAMED
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"Moscou expressa sua profunda preocupação com as ações agressivas por parte das autoridades turcas", afirma, em um comunicado, a chancelaria russa. "Ancara prossegue em uma linha provocadora, que está criando uma ameaça para a paz e a segurança no Oriente Médio."

O primeiro-ministro da Turquia, por sua vez, afirmou que seu país não deixará a cidade síria de Azas, situada perto da fronteira turca, cair nas mãos dos curtos. "Não deixaremos que Azaz caia. As Unidades de Proteção Popular [milícias curdas] não poderão avançar para o oeste do rio Eufrates nem para o leste de Afrin", afirmou Ahmet Davutoglu.

Ele também pediu que os combatentes curdos sírios se retirem do aeroporto de Minnagh, que foi tomado na semana passado em seu avanço para Azaz, na província de Aleppo.

Pelo terceiro dia consecutivo, a artilharia turca bombardeou de sua fronteira as posições das milícias curdas em represália, segundo o governo, pelos disparos procedentes da Síria.

Turquia nega ter enviado soldados à Síria

O ministro turco da Defesa, Ismet Yilmaz, desmentiu as acusações do regime sírio de ter enviado tropas ao país e reiterou que a Turquia não tem intenção de fazê-lo.

"Não é verdade. Não temos a intenção de enviar tropas à Síria", disse o ministro no domingo no Parlamento, citado pela agência pró-governamental Anatolia.

Em uma carta dirigida à ONU, o governo sírio acusou no domingo a Turquia de apoiar militarmente os rebeldes. Segundo o ministério sírio das Relações Exteriores, doze caminhões repletos de armas e munições passaram da Turquia à Síria escoltados por "uma centena de homens armados, entre eles soldados e mercenários turcos".

Por sua vez, Yilmaz indicou que quatro aviões de combate F-16 sauditas chegarão em breve à base turca de Incirlik (sul) em virtude de um acordo entre os dois países. A mobilização forma parte de uma coalizão internacional jihadista dirigida pelos Estados Unidos, explicou o ministro.

No sábado, o ministro das Relações Exteriores turco, Mevlut Cavusoglu, explicou que Turquia e Arábia Saudita podem realizar uma intervenção terrestre na Síria contra os jihadistas do Estado Islâmico (EI).
 

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