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Coalizão promete intensificar ofensiva contra grupo EI

Os países membros da coalizão internacional contra o grupo Estado Islâmico (EI) prometeram nesta terça-feira (2) em Roma intensificar sua ofensiva contra a organização e reconheceram a preocupação com o fortalecimento dos jihadistas na Líbia. O encontro em Roma do chamado "Small group", formado pelos países envolvidos na linha de frente contra o extremismo do EI, foi presidido pelo secretário de Estado norte-americano, John Kerry, e o ministro das Relações Exteriores italiano, Paolo Gentiloni.

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry (E), e o ministro das Relações Exteriores italiano, Paolo Gentiloni, em Roma, nesta terça-feira (2).
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry (E), e o ministro das Relações Exteriores italiano, Paolo Gentiloni, em Roma, nesta terça-feira (2). REUTERS/Max Rossi
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A reunião teve a participação de ministros das Relações Exteriores e representantes de 23 países, incluindo da Alemanha, Arábia Saudita, Egito, Espanha, França, Iraque, Jordânia, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido, Suécia e Turquia.

Os ministros consideraram que neste momento não seria adequado empreender uma intervenção militar na Líbia, onde a prioridade é a formação de um governo de unidade nacional. "Vamos intensificar e acelerar nossa campanha contra o Daesh [acrônimo em árabe do Estado Islâmico]", prometeram os ministros em uma declaração conjunta ao final da reunião realizada na sede do ministério das Relações Exteriores em Roma.

Grupo Estado Islâmico recuou no Iraque e na Síria

A coalizão, composta por um total de 66 países, criada há um ano e cuja última reunião foi realizada em junho, em Paris, festejou os reveses sofridos pelo EI, que teve de recuar no Iraque e na Síria. O comunicado diz que os jihadistas no Iraque perderam quase "40% dos territórios" que controlavam. Na Síria, a coalizão também obteve "resultados concretos", especialmente através de ataques aéreos.

"Nós sabemos que estamos diante de uma organização muito forte com um plano estratégico, por isso não devemos subestimá-la", declarou por sua vez Gentiloni, na abertura do encontro.

Já Kerry disse que a coalizão deve prosseguir com sua estratégia e está ciente de que ela vai funcionar. "Não dar trégua, não dar ao Daesh a chance de se reagrupar, de fugir. Não deve haver um lugar no mundo onde [a organização] possa se esconder. Vamos miná-los e destrui-los, mas devemos fazê-lo o mais rápido possível", pediu Kerry.

Coalizão defende governo de unidade na Líbia

Gentiloni enfatizou a ameaça representada pelos jihadistas na Líbia, país localizado a apenas 350 quilômetros de distância das ilhas do sul da Itália. Para o ministro italiano, é fundamental a formação de um governo de unidade nacional na Líbia para derrotar o EI.

No comunicado final, os países ressaltam que estão "acompanhando de perto" os desenvolvimentos na Líbia e reiteraram que "estão dispostos a apoiar" um governo de unidade no país.

Por sua vez, o chanceler francês, Laurent Fabius, negou que a França pretende intervir militarmente na Líbia. "Mas é verdade que estamos preocupados com a situação na Líbia", comentou o ministro francês, apoiando a ideia da formação de um governo de unidade no país.

As potências ocidentais temem que a instabilidade política na Líbia alimente o terreno para o grupo jihadista para expandir suas operações na região. A instabilidade política e a violência dominam a Líbia desde a derrubada de Muammar Kadafi em 2011.

(Com informações da AFP)

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