Coreia do Norte prende estudante norte-americano por "ato hostil"
A Coreia do Norte informou nesta sexta-feira (22) ter detido um estudante norte-americano originário da Virgínia que fazia turismo no país. O regime ditatorial norte-coreano acusa o rapaz de "ato hostil contra o Estado".
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O jovem, da Universidade da Virgínia, foi identificado como Frederick Otto Warmbier. De acordo com Pyongyang, o jovem entrou no país como turista "para atacar as bases da unidade da Coreia do Norte sob ordens do governo dos Estados Unidos".
Segundo a agência oficial de notícias da Coreia do Norte, a KCNA, o estudante está sendo investigado.
Atividades hostis
Os termos "atividades hostis" já foram utilizados pelas autoridades norte-coreanas contra vários estrangeiros detidos no passado, incluindo missionários, e envolve acusações como espionagem.
A detenção do estudante norte-americano acontece poucos meses depois da libertação por Pyongyang de um cidadão sul-coreano que estudava na New York University. Won Moon-Joo, de 21 anos, que tinha um visto de residência nos Estados Unidos, foi acusado de entrar no país de forma ilegal. Ele foi liberado em outubro, na cidade de fronteira de Panmunjon, mas ao contrário de outros detidos não foi submetido a um julgamento.
EUA afirmam estar a par do caso
Em Davos, onde está sendo realizado o Fórum Econômico Mundial, o porta-voz da diplomacia norte-americana, John Kirby, disse ter sido informado sobre a prisão de Warmbier. "Estamos a par das informações divulgadas pelas mídias sobre o fato de um cidadão norte-americano ter sido preso na Coreia do Norte", declarou Kirby. O diplomata reiterou que não podia compartilhar mais informações sobre o assunto devido a "questões relacionadas à vida privada".
O governo dos Estados Unidos não tem relações diplomáticas nem representação consular em Pyongyang. Os norte-americanos detidos no país geralmente recebem assistência da embaixada da Suécia.
Um caso similar ao de Warmbier é o de Kenneth Bae, um cidadão norte-americano de origem coreana que foi detido e condenado em 2013 a 15 anos de prisão, mas que foi liberado em novembro de 2014.
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