França e EUA mataram 22 mil jihadistas do grupo EI em um ano e meio
"O objetivo da coalizão internacional no Iraque e na Síria é enfraquecer profundamente o grupo Estado Islâmico", declarou o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, durante o Forum Econômico Mundial, em Davos. Os jihadistas já perderam uma parte do território que controlavam nos dois países.
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Os ataques da coalizão dirigida pelos Estados Unidos vêm afetando o grupo que, segundo John Kerry, perdeu 40% do território que controlava no Iraque e entre 20% e 30% no total, incluindo Iraque e Síria. Pela primeira vez a coalizão divulga uma estimativa de jihadistas mortos desde o início das operações: 22 mil homens, segundo o ministro da Defesa francês, Jean-Yves Le Drian.
Para o coordenador da União Europeia para o antiterrorismo, Gilles de Kerchove, as derrotas dos jihadistas pela coalizão podem levar alguns de seus dirigentes a se instalar na Líbia, país onde não há bombardeios aéreos nem um governo operacional e vive mergulhado no caos desde a queda de Kadafi, em 2011.
Iniciadas em 2014, as ofensivas da coalizão se intensificaram depois dos atentados de Paris, em novembro passado, que deixaram 130 mortos e cerca de 300 feridos. Os alvos principais são as bases petrolíferas, cujo tráfico é uma das principais fontes de financiamento do grupo. Para Le Drian, os recursos dos terroristas diminuiram, a ponto deles terem cortado os salários dos jihadistas pela metade. "Mesmo assim, precisamos ser prudentes, eles fazem operações de resistência aqui e ali, infiltrados no meio das populações, observou o ministro.
Grupo EI é formado por 35.000 jihadistas
As recentes ofensivas aéreas causaram as primeiras retiradas dos inimigos em Kobane, na Síria, e Sinjar e recentemente Ramadi, no Iraque. Mas apesar deste cenário, eles continuam a recrutar combatentes e hoje dispõesm de 35 mil jihadistas, dos quais 12 mil são estrangeiros.
Acelerar o ritmo dos ataques. Este foi o objetivo fixado pelo presidente francês François Hollande, no dia seguinte a uma reunião, em Paris, dos ministros da Defesa dos sete principais países da coalizão contra os jihadistas.Os ministros reafirmaram sua estratégia de liberar as cidades de Raqa, na Síria, e Mossul, no Iraque, por serem as bases dos centros de comando do grupo Estado Islâmico, e pretendem apoiar as forças árabes e turcas que combatem o grupo em terra.
As forças especiais americanas também estão presentes nos dois países.
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