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Polícia da Indonésia prende três suspeitos dos ataques de Jacarta

As autoridades da Indonésia prenderam nesta sexta-feira (15) três homens suspeitos de envolvimento nos atentados que deixaram dois mortos, na véspera, em Jacarta, além de cinco terroristas. Outras buscas estão em curso. Entre os detidos há um especialista na fabricação de bombas, um conhecedor de armas e um pregador do islamismo radical.

Estudantes às margens do rio Ciliwung, em Jacarta.
Estudantes às margens do rio Ciliwung, em Jacarta. REUTERS/Beawiharta
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Na casa de um dos quatro homens-bomba já identificados, a polícia encontrou uma bandeira da organização Estado Islâmico. Segundo o governo indonésio, os ataques de Jacarta, semelhantes aos de 13 de novembro em Paris, foram provavelmente comandados a partir de Raqqa, na Síria, considerada a capital do Estado Islâmico.

As investigações apontam o extremista indonésio Bahrun Naim, fundador de um grupo de combatentes de várias nacionalidades asiáticas, como provável mentor dos atentados. Ele estaria atualmente na Síria, conduzindo o plano de se tornar o chefe do movimento jihadista no sudeste da Ásia.

Cerca de mil extremistas atuam no arquipélago, de acordo com o governo. A Indonésia é o maior país muçulmano do mundo, com 90% de seus 250 milhões de habitantes praticantes de um islamismo moderado. Especialistas não acreditam que o país esteja ameaçado de radicalização.

Os ataques confirmam os temores regionais sobre a possibilidade de que os cidadãos que integraram as fileiras jihadistas no Oriente Médio lancem atentados após voltarem ao seu país. Os países do sudeste asiático alertam há meses para a possibilidade de atentados, assim como os países ocidentais, que suspeitam das intenções de seus cidadãos que estiveram na Síria ou no Iraque.

Ameaça jihadista

As explosões e os tiroteios que semearam o caos em um bairro da capital indonésia e mataram ao menos sete pessoas, incluindo cinco criminosos, colocam fim a seis anos de calma relativa, nos quais as autoridades conseguiram debilitar as redes islamitas locais mais perigosas.

Segundo os analistas, os autores dos ataques apontavam alvos desprotegidos para aterrorizar a população civil. As forças de segurança anunciaram recentemente ter frustrado um atentado suicida planejado no Ano Novo por um grupo com supostos vínculos com o EI.

A polícia deteve na época cinco pessoas suspeitas de pertencer a uma rede próxima ao EI e outras quatro vinculadas ao grupo extremista Jemaah Islamiyah, autor de vários atentados na Indonésia.

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