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Indonésia confirma sete mortos em ataques atribuídos a grupo ligado ao EI

Os ataques seguidos de intenso tiroteio no centro de Jacarta na manhã desta quinta-feira (14) deixaram pelo menos sete mortos: dois civis, entre eles um holandês, e os cinco "terroristas", segundo a polícia local. Autoridades anunciaram o final das operações e garantiram que a região onde aconteceram os ataques está "sob controle".

Operação da polícia indonésia no centro da capital, Jacarta.
Operação da polícia indonésia no centro da capital, Jacarta. REUTERS/Darren Whiteside
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A polícia nacional também informou que cinco policiais e cinco civis, entre eles um estrangeiro, ficaram feridos. A embaixada da Holanda confirmou apenas que um de seus cidadãos no país tinha ficado ferido e se encontrava hospitalizado.

Um grupo ligado à organização terrorista Estado Islâmico (EI) é suspeito de ser o responsável pelos atentados. "Há forte suspeita de que seja um ato de um grupo na Indonésia ligado ao EI. Pelo que vimos hoje, este grupo segue o exemplo dos atentados de Paris", declarou Anton Charliyan, porta-voz da polícia nacional.

Pelo menos dois kamikazes teriam acionado seus explosivos no bairro central de Jacarta onde estão várias sedes da ONU e embaixadas.

A televisão indonésia informou que houve um total de seis explosões e entre 10 e 14 homens armados participaram das ações. O presidente indonésio, Joko Widodo, qualificou os ataques de "ações terroristas".

A correspondente da RFI em Jacarta, Jeanne Lefèvre, relatou ter ouvido "uma forte explosão por voltas das 11hs, horário local, como um imenso trovão. Na sequência houve três pequenas detonações".

Inicialmente a polícia havia informado ataques com bombas, mas depois deu outros detalhes dos ataques. Um porta-voz da polícia disse, citando testemunhas, que um artefato foi lançado e poderia ser uma bomba ou uma granada.

Uma das explosões foi registrada pela rede local de televisão. (Veja vídeo abaixo)

Um dos ataques a bomba destruiu um café da rede americana Starbucks; outro devastou um posto de polícia de um shopping movimentado do centro da cidade, próximo da sede da ONU.

Em comunicado, a rede Starbucks explica que, por medidas de precaução, decidiu fechar todos os cafés que possui em Jacarta até "nova ordem". Um cliente ficou ferido e recebeu tratamento no local e os empregados da rede não foram atingidos, de acordo com o texto.

As autoridades indonésias anunciaram semanas atrás ter conseguido evitar um atentado suicida planejado por extremistas, entre eles suspeitos de pertencerem ao grupo Estado Islâmico. A polícia explicou que os jihadistas emitiram uma mensagem enigmática antes dos ataques desta quinta-feira. O alerta informava que um concerto iria acontecer na Indonésia e seria divulgado internacionalmente.

A Indonésia é o país muçulmano mais populoso do mundo e quase 90% de sua população de 250 milhões de habitantes é seguidora do islamismo. O país entrou na guerra contra o terrorismo depois dos atentados de bali em 2002, que deixaram 202 mortos.

Os últimos atentados violentos na capital indonésia aconteceram em 2009, quando bombas explodiram nos hotéis JW Marriott e Ritz Carlton. Grupos radicais islâmicos e a rede terrorista Al-Qaeda atuam no país.

Segundo a empresa de consultoria Soufan Group, especializada no serviço de informações, entre 500 e 700 indonésios que foram lutar junto ao grupo Estado Islâmico voltaram ao país.

 

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