Líder da Coreia do Norte diz que teste com bomba H é autodefesa
O líder norte-coreano Kim Jong-un afirmou neste domingo (10) que o primeiro teste de bomba de hidrogênio de seu país é uma medida para garantir a segurança da península coreana e evitar uma guerra nuclear liderada pelos Estados Unidos.
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A declaração é a primeira do dirigente desde que Pyongyang anunciou, na quarta-feira (6), ter realizado com sucesso o primeiro teste com a bomba H, que é bem mais potente que a bomba atômica.
O anúncio desencadeou uma onda de indignação da comunidade internacional, mas muitos especialistas duvidam que o teste tenha sido realmente feito com a arma nuclear, como garante a ditadura comunista.
O teste nuclear foi "uma medida de autodefesa para defender a paz de maneira eficaz na península coreana e a segurança regional diante dos riscos de uma guerra nuclear provocados pelos imperialistas liderados pelos Estados Unidos", declarou Kim Jong-un, citado pela agência oficial KCNA. "É um direito legítimo de um Estado soberano, de uma ação justa que ninguém pode criticar", acrescentou.
A declaração, de acordo com a agência, teria sido feito durante uma visita do líder às forças armadas norte-coreanas para felicitá-las pelo sucesso do teste nuclear.
Na sexta-feira, declarações oficiais publicadas pela KCNA explicaram que líderes de países que renunciam à suas ambições nucleares podem ter o destino como o de Saddam Hussein, no Iraque, e de Muammar Kadhafi, na Líbia.
Depois do teste nuclear, o Conselho de Segurança da ONU se reuniu em caráter de emergência para discutir novas sanções ao governo norte-coreano, além das adotadas após os testes nucleares realizados em 2006, 2009 e 2013. Os textos proíbem Pyongyang de desenvolver qualquer programa nuclear ou balístico.
A China, tradicional aliado do regime de Pyongyang, também demonstrou descontentamento com o teste nuclear.
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