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Grupo Estado Islâmico mata ao menos 12 policiais iraquianos perto de Tikrit

O grupo Estado Islâmico (EI) matou neste domingo (3) pelo menos 12 membros das forças de segurança iraquianas em vários ataques suicidas dentro de uma base perto de Tikrit, indicaram fontes da segurança. Os ataques visaram as forças policiais da província de Nínive (norte) que treinavam na base militar de Speicher, indicou um porta-voz da polícia à AFP.

Jihadista do grupo Estado Islâmico no Iraque
Jihadista do grupo Estado Islâmico no Iraque Reuters
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"Aproveitando-se da neblina, os jihadistas entraram em Speicher", indicou Mahmoud al Sochi, porta-voz de uma força paramilitar criada para recuperar o controle de Nínive, nas mãos dos jihadistas. "A polícia de Nínive conseguiu matar sete agressores, mas três outros tiveram tempo de detonar seus coletes de explosivos", acrescentou a fonte. Segundo o porta-voz, entre os 12 agentes assassinados, três eram oficiais.

Além disso, 20 policiais ficaram feridos no ataque, que ocorreu em plena madrugada. Outras fontes dos serviços de segurança confirmaram o ataque, reivindicado pela organização jihadista. De acordo com o comunicado do grupo fundamentalista, sete suicidas conseguiram entrar na base militar, situada cerca de 160 km ao norte de Bagdá. O grupo Estado Islâmico informou ainda que seu comando alcançou um acampamento, onde 1,2 mil recrutas estavam treinando, provocando um confronto que durou cerca de quatro horas.

Os jihadistas assumiram parcialmente o controle da base de Speicher durante a ofensiva lançada em junho de 2014, quando massacrou mais de 1,7 mil jovens recrutas, de acordo com as estimativas mais elevadas. O governo e as forças aliadas exumaram cerca de 600 corpos, após recuperar o controle de Tikrit, em abril de 2015.

Desespero dos jihadistas

Recentemente, o grupo Estado Islâmico sofreu vários reveses no Iraque, perdendo o controle da cidade de Ramadi, capital da vasta província ocidental de Al-Anbar, para as forças iraquianas com o apoio aéreo da coalizão internacional comandada pelos EUA. Alguns combatentes do EI continuam na região de Ramadi, mas não em condições de lançar um contra-ataque de envergadura, de acordo com fontes militares.

"Ao longo das últimas 14 horas, as forças iraquianas limparam centenas de metros quadrados na cidade", indicou o coronel Steve Warren, porta-voz da coalizão liderada pelos Estados Unidos. "Achamos que o inimigo não está forte o suficiente para retomar a cidade", disse ele. "Nós só vimos pequenos grupos de combatentes (com entre quatro e oito indivíduos) que tentaram lançar ataques", acrescentou.

Neste contexto, a organização tem recorrido a ações suicidas, como as realizadas perto de Ramadi na sexta-feira ou no fim de semana em Fallujah e Haditha. A partir de agora, as forças iraquianas tentam reconquistar o resto da província de Al-Anbar, incluindo Mossul, a segunda maior cidade e capital da província de Nínive.
 

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