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Antes de bater em retirada, grupo EI esconde 300 bombas em Ramadi

Tropas do governo do Iraque anunciaram nesta segunda-feira (28) a retomada "total" do controle de Ramadi, cidade que estava em poder do grupo ultrarradical Estado Islâmico (EI) desde o mês de maio. O principal desafio dos militares agora é tentar encontrar centenas de bombas e explosivos que os jihadistas espalharam no local.

Um membro das forças de segurança do Iraque ergue uma bandeira iraquiana na cidade de Ramadi, 27 de dezembro de 2015.
Um membro das forças de segurança do Iraque ergue uma bandeira iraquiana na cidade de Ramadi, 27 de dezembro de 2015. REUTERS/Stringer
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Antes de bater em retirada, os extremistas do grupo Estado Islâmico esconderam 300 bombas e explosivos em edifícios públicos e acessos rodoviários, segundo um oficial iraquiano. Nesta segunda-feira tropas iraquianas vasculhavam cuidadosamente casas e possíveis depósitos de armas.

Com o apoio da coalizão liderada pelos Estados Unidos, soldados iraquianos expulsaram no fim de semana todos os combatentes do grupo jihadista do complexo governamental. Nesta manhã, as forças iraquianas anunciaram a libertação "total" de Ramadi.

A vitória do exército é um importante trunfo para as novas autoridades do país, que conseguiram manter afastadas dos combates as milícias xiitas, acusadas de perseguir a população sunita local.

"Ramadi foi libertada e as forças armadas hastearam a bandeira sobre a sede do governo", comemorou o general de brigada Yahya Rassool na televisão estatal.

Grupo EI promete vingança

Após sete meses de ocupação jihadista e batalhas sucessivas, os civis praticamente desertaram Ramadi, devastada pelos combates. Já em outras cidades do país, os iraquianos celebravam a retirada do grupo radical da cidade situada 100 km a oeste de Bagdá, capital de Anbar, a maior província do Iraque.

Enfraquecido no Iraque, o grupo Estado Islâmico promete vingança e ameaça atacar Israel e Arábia Saudita, tradicionais aliados do governo americano na região.

Embora o governo iraquiano não tenha divulgado um balanço oficial de baixas durante a operação em Ramadi, fontes médicas de Bagdá reportaram que 93 membros das forças iraquianas ficaram feridos e foram hospitalizados apenas neste domingo. Pelo menos cinco membros das forças de segurança morreram desde a última sexta-feira (25), de acordo com várias fontes.

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