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Tragédia/Egito

Especialistas começam análise das caixas-pretas de avião russo

A leitura das duas caixas-pretas do avião russo da Metrojet, que caiu no último sábado na península do Sinai, causando a morte de 224 pessoas, começa nesta terça-feira (3) no Egito. Uma segunda equipe com mais três peritos da Agência Francesa de Análise e Investigação para a Aviação Civil (BEA), chegou ao Cairo para cooperar com os trabalhos. Além de especialistas russos, representantes da Airbus e investigadores alemães trabalham no caso, como prevê a regulamentação internacional.

Destroços do avião russo da Metrojet que caiu no último sábado (31) na península do Sinai, no Egito.
Destroços do avião russo da Metrojet que caiu no último sábado (31) na península do Sinai, no Egito. REUTERS/Mohamed Abd El Ghany
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Na falta de indícios concretos sobre as causas do acidente, os especialistas têm grandes expectativas em relação às informações das caixas-pretas. Uma delas contém os parâmetros do voo e dados técnicos do avião. A outra tem registros das conversas entre os pilotos na cabine.

O presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sissi, disse hoje que as investigações serão longas. O líder egípcio declarou que a reivindicação de atentado feita pelos jihadistas do grupo Estado Islâmico é propaganda falaciosa. Mas ontem, a direção da companhia aérea excluiu a hipótese de qualquer falha técnica na aeronave e afirmou que só um fator externo pode ter provocado a queda do avião.

Especialistas já descartaram a hipótese de que o avião tenha sido atingido a 10 mil metros de altitude por um míssil de longo alcance. Sobram então duas hipóteses: um problema técnico que teria provocado uma explosão levando à desintegração do avião em pleno voo ou uma bomba teria sido colocada no aparelho. Segundo especialistas, mesmo que pequena, o material explosivo poderia ter criado um buraco na fuselagem do avião, levando à desintegração da aeronave.

Identificação dos corpos

Em São Petersburgo, no noroeste da Rússia, de onde eram a maioria dos 224 passageiros, as famílias das vítimas começaram a identificar na segunda-feira (2) 140 corpos que foram enviados ao local. "É um processo longo e laborioso que vai durar o tempo que for necessário", declarou Igor Albina, vice-governador de São Petersburgo.

Um segundo avião transportando os restos de outras vítimas do pior desastre aéreo envolvendo a Rússia chegou na manhã desta terça-feira. Enquanto isso, as buscas continuam para encontrar os últimos corpos e potenciais pistas espalhadas por uma vasta área no deserto do Sinai.

Ontem, pela primeira vez desde a tragédia, o presidente russo, Vladimir Putin, falou em cadeia nacional de televisão. Ele agradeceu ao povo de São Petersburgo pela dignidade de sua resposta a esta "tragédia terrível" e ressaltou a necessidade de esperar por "uma imagem objetiva do que aconteceu".

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