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Israel/EUA

Kerry exige a Netanyahu o fim da violência entre israelenses e palestinos

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, exigiu nesta quinta-feira (22) "o fim de toda a violência" entre Israel e os palestinos, no início da reunião em Berlim com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, após três semanas de confrontos sangrentos. "É absolutamente crucial pôr fim a todas as incitações, de pôr fim a toda a violência e de encontrar uma via que permita construir pontecialmente um processo mais abrangente, o que não acontece atualmente", declarou Kerry, ao lado de Netanyahu, diante de jornalistas em um hotel da capital alemã.

John Kerry se reuniu nesta quinta-feira com Benjamin Netanyahu em Berlim
John Kerry se reuniu nesta quinta-feira com Benjamin Netanyahu em Berlim REUTERS/Carlo Allegri
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O objetivo do encontro é "tentar encontrar meios de acabar com a violência e restabelecer a paz", como informou um porta-voz da diplomacia americana. No fim de semana, Kerry se encontrará com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, repetindo o roteiro realizado na quarta-feira (21) por Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU.

Ki-moon não saiu animado dessas conversas. Logo depois de falar com os dois lados, ele convocou uma reunião de urgência do Conselho de Segurança e, de acordo com o embaixador britânico para as Nações Unidas, Matthew Rycroft, demonstrou um pessimismo alarmante.

Não era para menos: nas coletivas ao lado de Ban Ki-moon, tanto Abbas quanto Netanyahu reiteraram suas posições beligerantes. Do lado palestino, o temor de que Israel queira se apoderar da Esplanada das Mesquitas; do lado israelense, a acusação de que os muçulmanos querem eliminar Israel do mapa e a negação de qualquer abuso das forças de ordem, que têm executado sumariamente os palestinos suspeitos de ataques a faca.

Crítica à política de Israel

Nesta sexta-feira (23), em Viena, representantes de Rússia, Estados Unidos, União Europeia e ONU se reúnem para discutir o conflito. Os 58 países membros da Unesco adotaram uma resolução criticando a política de Israel em Jerusalém, mas excluíram a parte do texto original que designava o Muro das Lamentações como parte do território palestino.

Enquanto isso, no terreno, os ataques continuam: um israelense de 25 anos foi ferido nesta manhã a facadas em Bet Shemesh, no oeste de Jerusalém, por dois homens, que foram baleados pela polícia. Um deles está hospitalizado em estado grave, e o outro morreu, aumentando para 49 o número de palestinos mortos desde o início do levante, em primeiro de outubro. Do lado israelense, oito pessoas morreram.

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