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Oriente Médio

Terrorismo da facada não sairá vencedor em Israel, diz Netanyahu

A escalada de violência não dá trégua entre israelenses e palestinos. Nesta segunda-feira (12), novos ataques de árabes israelenses e palestinos contra judeus elevou para 18 o número de incidentes desse tipo desde o dia 3 de outubro. "O terrorismo da facada não vencerá em Israel", disse o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu diante do Parlamento (Knesset), ao iniciar um debate com os deputados sobre a onda de violência. Jovens têm desafiado o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, que faz apelos à calma nos territórios ocupados.

Confrontos entre jovens palestinos e forças israelenses em barreira policial em Jerusalém.
Confrontos entre jovens palestinos e forças israelenses em barreira policial em Jerusalém. REUTERS/Ammar Awad
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Esta manhã, um policial israelense foi agredido por um homem armado com uma faca perto da Esplanada das Mesquitas, na zona palestina de Jerusalém, anexada por Israel. Ele não ficou ferido graças ao colete à prova de balas que vestia. O agressor, um jovem de 18 anos, que Israel não informou se era palestino ou israelense, foi abatido por outros policiais que estavam na região. 

Pouco depois, um novo ataque com faca foi registrado perto do quartel-general da polícia de Jerusalém. Sua autora, uma mulher, foi ferida por tiros disparados por um policial. Neste ataque, um guarda fronteiriço observou que a mulher tinha um comportamento suspeito e pediu que ela parasse. Então a mulher pegou uma faca e feriu o agente, aparentemente sem gravidade. O guarda sacou sua arma e a "neutralizou", segundo a polícia, que acrescentou que ela estava hospitalizada.

Num terceiro ataque, duas pessoas feriram dois judeus em um assentamento israelense em Jerusalém Oriental, e um dos atacantes foi abatido, indicou a polícia.

Longe dos atentados a bomba da segunda intifada (2000-2005; a primeira ocorreu em 1987), essas agressões são cometidas de forma aparentemente desordenada. Mas a tensão é tão grande que aumenta a cada dia o risco de uma grande revolta palestina sob a forma de uma terceira intifada. Além disso, o medo dos atentados com bomba que durante a segunda intifada semearam o terror entre a população israelense retorna com força.

Na noite de domingo já havia sido registrado um ataque no kibutz de Gan Shmuel (norte), onde um árabe-israelense de 20 anos esfaqueou dois soldados e dois civis israelenses depois de atropelá-los com seu veículo.

Tensão crescente

Os ataques com faca são uma das principais formas de violência da atual escalada de confrontos em Jerusalém, Cisjordânia e Faixa de Gaza. As hostilidades começaram quando supostos membros do Hamas mataram a tiros um casal de colonos judeus na Cisjordânia na presença de seus filhos. Isso foi o ponto de partida para sucessivos confrontos e distúrbios entre palestinos e forças de segurança israelenses em Jerusalém Oriental e Cisjordânia.

A violência se estendeu a Gaza, na sexta e sábado, quando nove jovens palestinos morreram por disparos israelenses perto da barreira de segurança durante uma manifestação. No domingo, a aviação israelense bombardeou a Faixa de Gaza, em represália pelo lançamento de dois foguetes a partir do enclave palestino governado pelo movimento islamita Hamas. Um dos foguetes caiu em um terreno baldio no sul de Israel e o outro foi interceptado pelo sistema antimísseis "Cúpula de Ferro".

Em seu bombardeio em resposta, o exército israelense tomou como alvo "duas instalações de fabricação de armas" do Hamas, mas seu ataque acabou por destruir uma casa na zona de Zeitun, no norte do enclave, matando uma mulher grávida, Nur Hasan, de 30 anos, e sua filha Rahaf, de 2. Até agora, ao menos 25 palestinos morreram nos enfrentamentos com as forças israelenses.

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