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Crise Migratória

Japão dará ajuda financeira, mas não receberá refugiados sírios

O Japão decidiu conceder uma ajuda financeira no valor de US$ 810 milhões para os refugiados sírios e iraquianos – um valor quase equivalente ao doado pela União Europeia. O primeiro-ministro Shinzo Abe deverá fazer o anúncio em seu discurso nas Nações Unidas nesta terça-feira (29). Mas quando o assunto é asilo político, o país asiático é considerado um dos menos acolhedores do mundo.

Primeiro-ministro Shinzo Abe: política restritiva.
Primeiro-ministro Shinzo Abe: política restritiva. REUTERS/Toru Hanai
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Frédéric Charles, correspondente da RFI em Tóquio

No ano passado, dos 5 mil pedidos de asilo, o Japão aceitou apenas 11. Em 2013, foram seis, sendo três sírios. Em julho, o escritório de Tóquio do Alto Comissariado para os Refugiados pediu ao governo japonês que recebesse refugiados sírios em nome de valores humanitários. O órgão espera até agora por uma resposta.

Enquanto isso, o ministério da Justiça decidiu endurecer ainda mais as condições de acesso ao estatuto de refugiado. Eles tem direito apenas a vistos especiais de proteção humanitária, mas não ao estatuto pleno de refugiado, que daria acesso a ajudas sociais.

Falta de mão de obra

O Japão enfrenta uma crise demográfica desastrosa. Sua população diminui, mas o governo continua a privilegiar a ajuda financeira ao recebimento de refugiados. As empresas japonesas sofrem com a falta de mão de obra e pedem uma maior abertura na imigração.

A política de imigração do país é também uma das mais restritivas do mundo. “A política que o Japão pratica nesta questão é a mesma que nós gostaríamos de aplicar na França”, explicou à RFI um líder do partido de extrema-direita francês Frente Nacional, de passagem a Tóquio há alguns anos.

 

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