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Israel/Palestina

Palestinos e polícia israelense voltam a se enfrentar em Jerusalém

Palestinos e policiais israelenses entraram novamente em confronto na esplanada das mesquitas, em Jerusalém, nesta terça-feira (15), último dia do ano novo judaico. Assim como nos últimos dois dias , o conflito começou quando a polícia tentou retirar palestinos da esplanada antes da abertura do local para visitas de judeus e turistas.

Jovens palestinos atiram pedras contra policiais, na Esplanada das Mesquitas
Jovens palestinos atiram pedras contra policiais, na Esplanada das Mesquitas REUTERS/Ammar Awad
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"A polícia tomou de assalto a mesquita de Al-Aqsa e chegou até os pés do púltipo de Saladino, antes de sair por causa da resistência que encontraram no interior do templo", denunciou Firas al Dibs, da Waqf, organização que administra o local. No entanto, a polícia assegura que não entrou na mesquita e que apenas dispersou as pessoas que impediam o fechamento das portas do templo.

Os palestinos, que protestavam contra a presença de judeus no local, acusam as forças de ordem de ter invadido a mesquita Al-Aqsa, um dos principais lugares sagrados para os muçulmanos, o que é considerado uma ofensa grave. Nos últimos dias, os palestinos têm atirado pedras contra os policiais, que respondem com bombas de gás. Na noite de terça-feira, o premiê israelense, Benjamin Netanyahu anunciou um endurecimento das penas contra os "atiradores de pedras".

Vinte e seis palestinos ficaram feridos e dois estão hospitalizados. Cinco policiais também foram feridos, sem gravidade, e quatro pessoas presas. A violência também se estendeu sobre a Cidade Velha de Jerusalém, onde a polícia atirava bombas de efeito moral contra manifestantes palestinos e árabes israelenses.

Os palestinos temem o aumento das visitas de judeus ao local, que fica na parte palestina da cidade, ocupada e anexada por Israel. O medo é que o governo decida impor a partilha da esplanada, cedendo a manhã aos judeus e resto do dia para os muçulmanos.

Preocupação internacional

A direção palestina reunida em Ramallah, na Cisjordânia, pediu uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU. E a Jordânia denunciou uma "agressão flagrante contra as nações árabes e muçulmanas". A violência também preocupa os Estados Unidos, a ONU e a União Europeia, que pedem contenção das duas partes.

"Com o Oriente Médio enfrentando uma onda de terror e extremismo, estas sérias provocações têm o potencial de desatar uma violência muito além dos muros de Jerusalém", alertou nesta terça-feira o representante das Nações Unidas para o Oriente Médio, Nickolay Mladenov. Israel conquistou Jerusalém Oriental, onde fica a Esplanada das Mesquitas, durante a guerra dos Seis Dias de 1967 e mais tarde a anexou a seu território, uma medida jamais reconhecida pela comunidade internacional.

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