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China/Catástrofe

Peixes aparecem mortos em Tianjin, mas autoridades chinesas negam contaminação

A preocupação sobre as consequências da catástrofe de Tianjin, na China, para o meio ambiente está mais viva do que nunca, nove dias após as explosões. Desde a noite de quinta-feira (20), circulam pela internet imagens de comprovariam a contaminação da água da região – o que é negado pelas autoridades chinesas.

Imagens como esta circulam nas redes sociais chinesas.
Imagens como esta circulam nas redes sociais chinesas. DR
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Heike Schmidt, enviado especial da RFI a Tianjin.

Pescadores encontraram milhares de peixes mortos a apenas seis quilômetros de distância do local da explosão. A maioria nas margens do rio Haihe, curso d’água que atravessa toda a metrópole de Tianjin.

Quem tenta registrar em fotografia a mortandade dos peixes precisa enfrentar as forças policiais que foram deslocadas para o local. Segundo o site Observateurs de France 24, alguns veículos de imprensa chineses chegaram a publicar as fotos, mas depois retiraram.

As imagens, que circulam amplamente nas redes sociais, devem assustar ainda mais a população local, já chocada com a informação divulgada ontem à noite de que oito amostras da água retiradas do espaço atingido pela explosão apresentaram taxas excessivas de cianeto. Uma das amostras ultrapassava 356 vezes o limite de tolerância. Alguns veículos da imprensa chinesa falam em até 800 vezes.

“Fenômeno normal no verão”

As autoridades chinesas mantêm um discurso formal: a morte dos peixes não estaria ligada a uma contaminação de cianeto de sódio. Elas negam que os testes efetuados na quinta-feira tenham mostrado traços do produto, que é altamente tóxico, no rio Haihe.

O escritório de Meio Ambiente do governo garante que a água poluída se limita estritamente à zona isolada e que foi completamente evacuada no sábado (15). “A morte de peixes é um fenômeno natural no verão”, garantiu um dirigente municipal, já que o rio costuma ser poluído por fábricas da região. As autoridades, no entanto, seguem negando qualquer risco à saúde dos moradores.

 

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