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EUA/Irã/Nuclear

Para Obama, fracasso de acordo sobre nuclear iraniano pode dar início a uma nova guerra

O presidente norte-americano, Barack Obama, defendeu nesta quarta-feira (5) o acordo sobre o programa nuclear iraniano selado entre Teerã e as potências mundiais em julho passado. Para o chefe da Casa Branca, o bloqueio do texto pelo Congresso dos Estados Unidos poderia desencader uma nova guerra no Oriente Médio.

Barack Obama, diante de estudantes em Washington, defende acordo sobre programa nuclear iraniano.
Barack Obama, diante de estudantes em Washington, defende acordo sobre programa nuclear iraniano. REUTERS/Jonathan Ernst

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Obama defendeu com veemência aprovação do texto. Segundo ele, "um repúdio ao acordo no Congresso deixaria uma única opção a toda a administração americana para impedir que o Irã desenvolva uma arma nuclear: outra guerra no Oriente Médio. Não o digo para ser provocador. É um fato", declarou o presidente durante seu discurso, em Washington.

O Congresso norte-americano votará antes de 17 de setembro uma resolução de desaprovação do acordo nuclear selado em 14 de julho. Os republicanos denunciaram a retórica de Obama e o que consideram uma falsa dicotomia entre a guerra e a paz. A alternativa a um mau acordo, afirmam, é um acordo melhor, que não só submeta o Irã a inspeções e limite seu enriquecimento de urânio, mas que desmonte integralmente seu programa nuclear.

Risco para a credibilidade dos Estados Unidos

Para garantir que pelo menos um terço dos membros do Congresso estejam do seu lado, Obama defendeu o caráter histórico e pacífico do acordo. Em uma tentativa de fortalecer seu discurso, o presidente falou do mesmo local onde seu antecessor, John F. Kennedy, proferiu, em 1963, em plena Guerra Fria, um discurso militante a favor do fim dos testes nucleares.

"Muitas das pessoas que foram a favor da guerra no Iraque agora estão se colocando contra o acordo nuclear com o Irã", disse o presidente, exigindo dos legisladores que optem, ao contrário, pela tradição diplomática americana. "Perderemos algo mais precioso. A credibilidade dos Estados Unidos como líder da diplomacia. A credibilidade dos Estados Unidos como âncora do sistema internacional", acrescentou.

O Casa Branca também admitiu que em caso de retirada das sanções com o acordo sobre o nuclear, parte dos bens iranianos descongelados podem ser usados para patrocinar atividades terroristas. Mas o presidente norte-americano ressaltou que uma parte desse dinheiro também vai servir para melhorar a vida dos iranianos

(Com informações da AFP)

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