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Tunísia/Turismo

Tunísia prevê prejuízo de US$ 515 milhões no setor do turismo após atentado

US$ 515 milhões: esse é o montante do prejuízo que o governo tunisiano espera para o setor do turismo, que representa 7% do Produto Interno Bruto (PIB) no país. A má notícia chegou depois da carnificina promovida por um militante islâmico que matou 38 pessoas em uma praia de Susse na última sexta-feira (26).

Turistas e tunisianos prestam homenagem às vítimas do atentado da última sexta-feira na praia do hotel Riu Imperial Marhaba, em Port El Kantaoui, perto de Susse.
Turistas e tunisianos prestam homenagem às vítimas do atentado da última sexta-feira na praia do hotel Riu Imperial Marhaba, em Port El Kantaoui, perto de Susse. REUTERS/Zohra Bensemra
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A expectativa é que o país perca um quarto dos lucros no setor. "O ataque teve um grande impacto na economia, as perdas serão enormes", declarou a ministra do Turismo, Salma Loumi, nesta terça-feira (30).

Dois atentados visaram os turistas neste ano. O primeiro teve como palco o museu do Bardo, em Túnis, onde 22 pessoas morreram, no dia 18 de março. O segundo, na última sexta-feira, é o pior ataque da história da Tunísia. O suposto assassino, Seifeddine Rezgui, de 23 anos, alvejou os turistas na praia do hotel Riu Imperial Marhaba, em Port El Kantaoui, perto de Susse.

Depois do violento episódio, milhares de turistas foram retirados do país pelas agências de turismo. Para tranquilizá-los, o governo tunisiano anunciou a mobilização de mil policiais e militares a mais nos hotéis e locais turísticos.

Nesta manhã, o presidente Beji Caid Essebsi reconheceu em uma entrevista que as forças de segurança do país não estavam preparadas para um atentado. "É certo que nos surpreendeu. Tomamos medidas para o mês do Ramadã, mas não pensamos que algo poderia acontecer numa praia", afirmou à rádio francesa Europe 1.

Homenagens às vítimas

Os tunisianos prosseguiam depositando flores e mensagens no local do ataque de sexta-feira, onde já não se vê qualquer dispositivo de segurança.

Até o momento, foram identificadas 26 das 38 pessoas mortas: 18 britânicos, três irlandeses, dois alemães, uma portuguesa, uma belga e um russo. A maioria estava no momento do ataque em traje de banho, sem documentos, o que dificulta a identificação.

Novas violências

O grupo Estado Islâmico reivindicou o atentado no sábado. Depois do episódio no museu do Bardo, os jihadistas ameaçaram novas violências durante o período turístico.

Este é o terceiro ano consecutivo que a Tunísia é palco de ataques durante o verão e o mês sagrado do Ramadã. Em julho de 2013 foram assassinados o deputado Mohamed Brahmi na capital e oito soldados no Monte Shaambi, fronteira com Argélia. Em julho de 2014, o exército teve 15 mortes.

(Com informações da AFP)

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