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Iêmen/Guerra

Arábia Saudita propõe cinco dias de trégua no Iêmen

Depois de um apelo do secretário de Estado norte-americano, John Kerry, a Arábia Saudita, que comanda uma campanha aérea contra rebeldes xiitas no Iêmen, propôs um cessar-fogo de cinco dias para que a ajuda humanitária possa chegar à população do país. A declaração foi feita pelo novo chefe da diplomacia saudita, Adel al-Jubeir, na saída de uma reunião com o colega americano na capital Ryad.

Secretário de Estado norte-americano, John Kerry (e), conversa com a imprensa ao lado do chefe da diplomacia saudita, Adel al-Jubeir
Secretário de Estado norte-americano, John Kerry (e), conversa com a imprensa ao lado do chefe da diplomacia saudita, Adel al-Jubeir REUTERS/Andrew Harnik/Pool
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Jubeir lembrou, no entanto, que a suspensão das hostilidades só pode ser efetiva "se os huthis (rebeldes xiitas) e seus aliados (militares fiéis ao ex-presidente Ali Abdallah Saleh) aceitarem os termos, não impedirem os esforços humanitários nem lançarem ações agressivas".

Dizendo-se profundamente preocupado com a situação humanitária no Iêmen, John Kerry também lançou um apelo nesse sentido: "Pedimos fortemente que os huthis apoiem (o cessar-fogo) e utilizem sua influência para não perder esta grande oportunidade de atender às necessidades da população iemenita e encontrar uma via pacífica para o Iêmen".

Kerry ainda deu a entender que compartilha com a opinião de Ryad, que acusa o Irã xiita de armar a rebelião: "Continuamos preocupados com as ações desestabilizantes do Irã na região", afirmou. Ele acrescentou ainda que "a comunidade internacional e os Estados Unidos vão redobrar os esforços para impedir a entrada de armas no Iêmen, como prevê a resolução do Conselho de Segurança da ONU", adotada no mês passado.

Tropas terrestres

Na quarta-feira (6), o presidente iemenita Abd Rabbo Mansur Hadi, exilado na capital saudita, pediu às Nações Unidas que enviem forças terrestres para "salvar" a população da cidade de Aden, a segunda maior cidade do país. Rebeldes têm ocupado diversos bairros, causando um êxodo de habitantes.

Na quarta-feira, um míssil atribuído aos huthis matou 38 pessoas que tentavam fugir da cidade em barcos pesqueiros. Kerry esteve com Hadi na quinta, mas afirmou após a reunião que tanto Washington quanto Ryad descartam o envio de tropas terrestres.

A ONU, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha e outras organizações humanitárias classificaram a situação dos mihões de civis iemenitas afetados pelos combates de "catastrófica". De acordo com o coordenador de Assuntos Humanitários das Nações Unidas no país, Johannes Van der Klaauw, o conflito já causou a morte de mais de 1,6 mil pessoas e feriu 6 mil - em sua grande maioria, civis.

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