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Iêmen

Milícia xiita reforça ataque contra o sul do Iêmen

A milícia xiita Huthis enviou reforço para o sul do Iêmen para conquistar a cidade de Aden, onde o presidente do país, Abd Rabbo Mansour Hadi, se encontra refugiado. Mas os milicianos encontram resistência de tribos locais que lutam contra a ofensiva do grupo. Os Huthis são próximos do Irã e já controlam a capital Sanaa e o norte do país.

Combatentes fiéis ao presidente do Iêmen, Abd Rabbo Mansour Hadi, que está refugiado no sul do país.
Combatentes fiéis ao presidente do Iêmen, Abd Rabbo Mansour Hadi, que está refugiado no sul do país. REUTERS/Nabeel Quaiti
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Os rebeldes Huthis estão a menos de 200 quilômetros do complexo em Aden onde o presidente do Iêmen está refugiado. Ontem, os milicianos xiitas conseguiram tomar o aeroporto militar de Taiz, a terceira maior cidade do Iêmen. A conquista foi possível graças ao apoio das tropas fiéis ao ex-presidente Abdallah Saleh. Com o controle dessa cidade, os rebeldes obtêm uma importante vantagem estratégica no acesso à cidade.

Diante do caos político no país, o Conselho de Segurança da ONU publicou neste domingo (23) uma declaração unânime de apoio ao presidente do Iêmen, Abd Rabbo Mansour Hadi, na luta contra as milícias houthis.
No texto, elaborado durante uma reunião de emergência, os 15 países membros ameaçam as milícias huthis de sanções e defendem a união e soberania do país.

Em vídeo-conferência, o emissário da ONU para o Iêmen, Jamal Benomar, alertou para o risco de uma guerra civil e de uma divisão crescente entre o norte e o sul do país. Segundo o emissário, é "ilusório" pensar que, se os huthis conquistarem todo o Iêmen, o presidente Hadi poderá retomar o controle da situação. Para tentar resolver a grave crise iemenita, a ONU apoia a mediação do Conselho de cooperação do Golfo que propõe organizar uma conferência em Ryad. O presidente Hadi é apoiado pela maioria das monarquias sunitas do Golfo, entre elas, A Arábia Saudita.

Milícias xiitas desrespeitam os direitos humanos

As milícias xiitas huthis cometeram uma série de ataques e abusos contra jornalistas e a imprensa, afirmou hoje a HUman Rith Watch. Segundo a ONG de direitos humanos, nas últimas semanas, houve aumento de prisões arbitrárias e ataques contra funcionários de empresas de comunicação. Desde janeiro, as milícias invadiram três empresas. Além das milícias outros grupos radicais como a Al-Qaeda também atacam o trabalho da imprensa e de seus profissionais.

O Iêmen também sofre constantes ameaças terroristas. Na sexta-feira passada, um triplo atentado suicida contra Sanaa, deixou ao menos 142 mortos e mais de 260 feridos. Os ataques foram reivindicados pela organização terrorista Estado Islâmico, em mensagem no Twitter.

 

 

 

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