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Mali/Atentado

Grupo islamita Al Murabitun reivindica atentado contra ocidentais em Bamako

Neste sábado (7), o grupo islamita Al Murabitun reivindicou o atentado contra ocidentais em um restaurante em Bamako. Fundado em 2013, o grupo é dirigido pelo islamita argelino Mokhtar Belmokhtar. O site de informações da Mauritânia, Al Akbhar, que recebe com frequência comunicados dos grupos jihadistas, afirma ter recebido um vídeo do grupo que será divulgado posteriormente.  

Policiais fazem um cordão de segurança diante do restaurante "La Terrasse", onde os ocidentais foram atacados.
Policiais fazem um cordão de segurança diante do restaurante "La Terrasse", onde os ocidentais foram atacados. REUTERS/Adama Diarra
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Dois europeus − um francês e um belga − e três malineses foram mortos pouco depois da meia-noite de sexta-feira (6), pelo horário local, em um ataque contra um restaurante frequentado por ocidentais em Bamako, a capital do Mali. O atentado deixou oito feridos, incluindo três suíços. Na manhã deste sábado (7), a polícia deteve dois suspeitos envolvidos na ação criminosa.

Os suspeitos estão sendo interrogados, mas não tiveram a identidade nem a nacionalidade reveladas. Policiais disseram que eles "começaram a fornecer informações interessantes".

O presidente francês, François Hollande, condenou com veemência "um atentado covarde". Já o chanceler belga, Didier Reynders, protestou contra um ataque "ignóbil". Hollande está em contato com o presidente do Mali, Boubakar Ibrahim Keita, para "fornecer a ajuda da França" nas investigações.

O chefe da missão da ONU no Mali (Minusma), Mongi Hamdi, protestou contra o que qualificou de "ataque odioso e covarde", indicando que entre os feridos estão dois especialistas internacionais que trabalham na ONU no combate a minas terrestres.

A vítima belga era um oficial de segurança da delegação da União Europeia, informou a chefe da diplomacia do bloco, Federica Mogherini. Entre os suíços feridos, uma mulher se encontra em estado considerado grave.

Pior atentado na capital desde início de operação antiterrorista

Esse atentado em Bamako é o mais grave ocorrido na capital malinesa desde o lançamento, em janeiro de 2013, da operação aintiterrorista francesa denominada Serval contra grupos jihadistas no norte do Mali. O chanceler francês, Laurent Fabius, declarou que o "crime reforça a determinação da França de lutar contra o terrorismo sob todas as suas formas". Segundo Fabius, o ataque não foi reivindicado até o momento.

O bairro onde aconteceu o atentado é frequentado por expatriados. Segundo a polícia, a ação aconteceu em várias etapas. Começou com o lançamento de granadas na rua do restaurante La Terrasse. Alguns engenhos não explodiram. Em seguida, um homem armado entrou no restaurante a abriu fogo com uma arma automática contra os clientes. O atirador fugiu de carro com a ajuda de um cúmplice que o aguardava do lado de fora.

A embaixada da França em Bamako pede aos franceses residentes ou de passagem no país que redobrem a atenção para sua própria segurança.

Rivalidades étnicas

O Mali é palco de rivalidades étnicas e de uma insurgência islâmica, principalmente na região norte, que ganhou força com a instabilidade política provocada por um golpe de Estado em 2012. Durante nove meses, jihadistas ligados à Al Qaeda controlaram uma extensa área no norte do país até que uma intervenção militar francesa expulsou parte dos extremistas da região. O governo de Bamako tenta restabelecer a normalidade por meio dessa cooperação antiterrorista com a França.

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