EUA, França e Reino Unido fecham embaixadas no Iêmen
Os Estados Unidos e diversos países europeus fecharam suas embaixadas em Sana, no Iêmen, e começaram a retirar seus diplomatas da região nesta terça-feira (10). O país está tomado por um conflito entre o governo e a milícia xiita representada pelos Houthis.
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A retirada dos funcionários começou ontem à noite. As autoridades americanas justificaram a medida alegando uma "deterioração da segurança em Sana", mas a decisão poderá complicar a luta dos Estados Unidos contra a Al Qaeda, extremamente ativa no país – uma prova é o recente atentado na França contra o jornal Charlie Hebdo, que pode ter tido a colaboração dos extremistas da rede instalados no Iêmen.
O Departamento de Estado americano lançou um novo alerta aos seus cidadãos, pedindo eles que cancelassem suas viagens ao país ou deixassem o território o mais rápido possível.
Assim como os Estados Unidos, o Reino Unido também anunciou nesta quarta-feira (11) a suspensão temporária das operações de sua embaixada e a saída de seus diplomatas. “A situação no país continua piorando nos últimos dias. Nossos funcionários correm um verdadeiro risco”, declarou o ministro britânico encarregado do Oriente Médio, Tobias Ellwood.
Segundo ele, o embaixador britânico deixou Sanna pela manhã e pediu a todos os britânicos que se retirassem imediatamente do país. A França também anunciou o fechamento de sua embaixada a partir dessa sexta-feira, 13 de fevereiro.
Milícia tenta "tranquilizar" países ocidentais
Em um discurso na TV nesta terça-feira à noite, o chefe da milícia ‘Houthis’, Abdel Malek al-Houthi, tentou tranquilizar as missões diplomáticas na capital iemenita. Os combatentes anunciaram unilateralmente na sexta-feira a dissolução do Parlamento e a instalação de novas instâncias dirigentes, depois de provocar no final de janeiro a demissão do presidente Abd Rabbo Mansour, tomando os prédios oficiais. Mas para os partidos políticos, essa assembleia é a última instituição legítima do Iêmen depois da demissão do presidente e do governo.
Os Houthis, que controlam Sanaa e as províncias do norte, continuaram sua ofensiva militar nesta terça-feira no centro do país, onde conquistaram a cidade estratégica de Baïda.
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