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Ucrânia/Rússia/USA

Apesar da resistência de Merkel, Obama cogita enviar armas para ajudar forças ucranianas

Barack Obama se encontrou com Angela Merkel nesta segunda-feira (9) em Washington para discutir a crise ucraniana. O presidente norte-americano disse que ainda não sabe se vai enviar armas para ajudar as forças de Kiev no combate contra os separatistas. Já a chanceler alemã continua se opondo ao fornecimento de material bélico, mas reconhece que a situação no leste da Ucrânia coloca em risco a paz na Europa.

Angela Merkel e Barack Obama ainda divergem sobre o possível envio de armas para ajudar as forças de Kiev.
Angela Merkel e Barack Obama ainda divergem sobre o possível envio de armas para ajudar as forças de Kiev. REUTERS/Kevin Lamarque
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Em uma entrevista coletiva concedida aos jornalistas após o encontro em Washington, os dois líderes lançaram um alerta à Rússia, acusada pelos ocidentais de orquestrar a rebelião no leste da Ucrânia. Obama disse que os russos “não podem redefinir as fronteiras da Europa usando a força das armas”.

O presidente norte-americano também declarou que “a possibilidade de enviar armas letais defensivas é uma opção em estudo” mas que ainda não tomou uma decisão final sobre o tema. “Como teremos certeza de que a ajuda letal fornecida à Ucrânia será usada corretamente e não cairá nas mãos erradas?”, disse Obama.

Para Merkel, crise na Ucrânia representa risco para paz na Europa

Já a chanceler alemã aproveitou a visita a Washington para reafirmar sua posição contrária ao fornecimento de armas às forças de Kiev. Ela martelou que não acredita em uma solução militar, embora reconheça as dificuldades atuais em se obter uma solução diplomática com Moscou. Merkel admitiu que “se, em um determinado momento, chegarmos à conclusão de que o sucesso (das negociações) não é possível, mesmo se colocarmos toda nossa energia, os Estados Unidos e a Europa deverão explorar outras possibilidades”.

A chanceler lançou na semana passada com o presidente francês, François Hollande, uma nova iniciativa para tentar colocar em prática o Protocolo de Paz de Minsk, baseado no acordo assinado em setembro sob o controle da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), mas o projeto não obteve sucesso até agora. O assunto deve ser discutido novamente na próxima quarta-feira (11), na capital de Belarus, durante uma reunião com a presença prevista da chanceler alemã e dos presidentes da Rússia, Vladimir Putin, da Ucrânia, Petro Poroshenko, e da França.

Europa adia sanções contra Kiev

Para tentar dar mais tempo para a busca de uma solução diplomática, a União Europeia também decidiu adiar temporariamente uma série de sanções que deveriam entrar em vigor contra responsáveis russos e separatistas ucranianos. As medidas haviam sido anunciadas após o bombardeio pelos rebeldes, em janeiro, da cidade de Mariupol, no leste da Ucrânia, em um ataque que deixou 31 mortos. Bruxelas vai esperar até 16 de fevereiro para ampliar as restrições.

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