Líderes devem se reunir em Minsk para discutir plano de paz definitivo para Ucrânia
Os presidentes da Rússia, França, Alemanha e Ucrânia devem se reunir nesta quarta-feira (11) em Minsk, na Bielorússia, para definir um plano de paz para a Ucrânia e evitar "uma guerra total". O anúncio deste encontro foi feito neste domingo (8) pelo governo alemão.
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De acordo com um comunicado publicado pela presidência alemã, Vladimir Putin, François Hollande, Angela Merkel e Petro Porochenko participaram de uma “longa discussão por telefone” hoje pela manhã, e continuaram a “trabalhar num conjunto de medidas para obter uma solução global para o conflito ucraniano.” A conversa continuará nesta segunda-feira para preparar a reunião de quarta-feira.
A reunião em Minsk, que também terá a participaçao da OSCE ( Organização para a Segurança e a Cooperação Europeia) e dos líderes pró-russos do leste da Ucrânia, também foi confirmada pela Rússia. A iniciativa de paz lançada na semana passada pelo presidente francês e a chanceler Angela Merkel é considerada pelos líderes como "a última chance" de colocar um fim ao conflito no leste da Ucrânia, que se intensificou desde o início do ano.
Na quinta-feira, o presidente francês François Hollande e a chanceler alemã passaram mais de dez horas reunidos com o presidente Porochenko, e na sexta-feira, com o chefe de Estado russo Vladimir Putin. "O que a França e Alemanha buscam neste momento na Ucrânia não é paz no papel, mas no front", declarou o chanceler francês Laurent Fabius na Conferência sobre a Segurança em Munique.
Combates já deixaram mais de 20 mortos em 24 horas
O conflito na Ucrânia já deixou mais de 5.500 mortos em dez meses – só nas últimas 24 horas, mais de 20 pessoas morreram. A Rússia continua negando qualquer envolvimento nos combates no leste da Ucrânia, mas os países ocidentais e a Ucrânia acusam o russo de dar apoio militar aos rebeldes separatistas e enviar tropas em território ucraniano.
O presidente Vladimir Putin já declarou que o sucesso do encontro dependerá de alguns "ajustes". O chanceler Serguei Lavrov declarou que a maioria dos europeus era contrária ao fornecimento de armas para a Ucrânia, uma ideia defendida principalmente pelos Estados Unidos.
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