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Japão/Grupo Estado Islâmico

Japão diz que vídeo do grupo Estado Islâmico com execução de refém deve ser autêntico

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, declarou, neste domingo (25), que é "alta" a probabilidade de que seja autêntico o vídeo do grupo ultrarradical Estado Islâmico que anuncia a morte do refém japonês Haruna Yukawa. O porta-voz do governo, Yoshihide Suga, ressaltou, no entanto, que o material continua sendo estudado. Os Estados Unidos participam da análise da gravação e já confirmaram que o vídeo é de autoria dos jihadistas.

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, classificou a ação do grupo Estado Islâmico de "ignóbil e imperdoável" neste domingo (25).
O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, classificou a ação do grupo Estado Islâmico de "ignóbil e imperdoável" neste domingo (25). REUTERS/Kyodo
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“Uma ação terrorista como esta é ignóbil e imperdoável. Eu a condeno severamente”, declarou Abe hoje. Ele prestou condolências à família de Yukawa e exigiu a libertação imediata do jornalista Kenji Goto, o outro refém detido pelos extremistas. “Vamos continuar combatendo o terrorismo junto à comunidade internacional”, prometeu o premiê.

Os representantes dos principais partidos políticos do Japão também exprimiram sua indignação. Já o pai de Yukawa, entrevistado pela televisão japonesa disse estar “destruído”.

Autenticidade do vídeo

A gravação de cerca de 3 minutos mostra uma imagem fixa do jornalista Kenji Goto, vestido de laranja, com uma foto do que aparenta ser o corpo decapitado de seu companheiro de cativeiro, Haruna Yukawa. Goto supostamente lê uma mensagem sobre a execução de seu compatriota pelo grupo Estado Islâmico e acusa o primeiro-ministro japonês de ser o responsável pela morte.

Tóquio hesitou em confirmar a autenticidade do vídeo publicado ontem no Youtube. O material teria elementos incomuns em relação aos divulgados anteriormente pelo grupo Estado Islâmico, como a ausência do logotipo dos jihadistas, nenhuma referência religiosa e um enquadramento diferente das demais gravações.

Os serviços de inteligência norte-americanos também trabalham na análise do vídeo. O SITE, centro de vigilância na internet dos grupos extremistas, informou que o vídeo é de autoria do grupo Estado Islâmico, ainda que não apresente as mesmas características dos materiais produzidos pelos extremistas.

Lideranças reagem

Várias lideranças internacionais já reagiram ao anúncio da morte do refém. O presidente norte-americano, Barack Obama, foi o primeiro a se pronunciar sobre o caso e conversou por telefone com Shinzo Abe. Ele prometeu apoiar o Japão e transformar “esse assassinato em justiça, com ações para enfraquecer e eliminar o grupo Estado Islâmico”.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, declarou que esta execução e as ameaças dos jihadistas “ressaltam a barbárie dos terroristas”. Já o presidente francês, François Hollande, classificou o ato de “bárbaro assassinato” e elogiou o “engajamento determinado do Japão na luta contra o terrorismo internacional e seu papel ativo pela paz no Oriente Médio”.

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