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Afeganistão/França

Talibãs reivindicam atentado em centro cultural francês de Cabul

Os rebeldes talibãs reivindicaram o atentado a bomba que deixou um morto e cerca de 20 feridos, nesta quinta-feira (11), no Instituto Cultural Francês de Cabul, no Afeganistão. Um adolescente com idade aproximada de 15 a 17 anos acionou seu cinturão de explosivos na sala de espetáculos do instituto, que exibia uma peça teatral sobre o terrorismo. Um espectador alemão morreu no ataque.

Policiais afegãos na entrada do Instituto Cultural Francês de Cabul, onde houve o atentado nesta quinta-feira (11).
Policiais afegãos na entrada do Instituto Cultural Francês de Cabul, onde houve o atentado nesta quinta-feira (11). REUTERS/Mohammad Ismail
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Em um email enviado a vários veículos de comunicação, o porta-voz dos talibãs, Zabihullah Mujahid justificou o atentado dizendo que a peça de teatro em questão "profanava os valores do islamismo e representava uma propaganda contra a guerra santa islâmica", conhecida pelo termo em árabe "jihad".

O ataque foi condenado pelo Conselho de Segurança da ONU, que emitiu uma declaração, adotada pelos 15 países do órgão, demonstrando preocupação com as ameaças feitas pelos talibãs, a Al Qaeda e outros grupos terroristas a menos de três semanas da retirada das tropas da OTAN do Afeganistão.

O presidente francês, François Hollande, condenou o atentado. Ele qualificou o ato de “odioso”. Para o primeiro-ministro, Manuel Valls, foi uma atitude de “ódio e obscurantismo”.

O general afegão Ayub Salangi relatou que a idade do kamikaze, que morreu no ataque, pôde ser determinada "porque seu rosto ficou intacto".

O centro cultural onde aconteceu a explosão fica no mesmo terreno do Liceu Francês Esteqlal. A escola é uma das mais antigas e prestigiadas de Cabul. O local é protegido pelas Forças Armadas afegãs e sediou, há poucas semanas, um debate entre os candidatos à eleição presidencial.

Na manhã de quinta-feira, outro ataque a bomba, em Cabul, visou um caminhão do exército. Seis soldados morreram e outros onze ficaram feridos.

O ano de 2014 ficará marcado como o mais violento desde a invasão militar americana ao Afeganistão, em 2001.

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