Combatentes curdos iraquianos partem para lutar em Kobane
Cerca de 150 combatentes peshmergas partiram nesta terça-feira (28) do Curdistão iraquiano para a cidade síria de Kobane para se unirem aos soldados curdos que combatem os jihadistas há mais de 40 dias. O reforço deve chegar nos próximos dias na Síria, se não houver problema na passagem dos combatentes pela fronteira turca.
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Oficiais curdos confirmaram a saída do contingente da base de Erbil, no Curdistão iraquiano. Oitenta combatentes chegarão por terra e outros 70 por avião à Turquia.
Os combatentes peshmergas são esperados há algumas semanas em Kobane, onde os confrontos entre os curdos e jihadistas do grupo Estado Islâmico continuam. Os extremistas tentam tomar a região norte da cidade para bloquear a passagem para a Turquia.
Com a ajuda das forças norte-americanas, os curdos conseguiram conter o avanço do grupo Estado Islâmico, mas a situação segue instável. Os peshmergas apoiarão os combatentes curdos, equipados de armas automáticas e lança-mísseis e, de acordo com autoridades, permanecerão em Kobane até o fim do conflito.
Turquia se recusa a integrar operações
Sob pressão dos Estados Unidos, o governo turco autorizou, na última semana, a passagem dos 150 combatentes peshmergas por seu território. Mas Ancara se recusa a participar militarmente dos confrontos, temendo que a operação favoreça o governo do presidente sírio Bashar al-Assad e o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) – rebelião que luta contra a Turquia desde 1984.
Bombardeios da coalizão
Os aviões da coalizão liderada pelos Estados Unidos bombardearam quatro vezes as posições do grupo Estado Islâmico em Kobane esta semana. No Iraque, as forças norte-americanas e aliadas realizaram nove bombardeios, quatro delas na região da barragem de Mossul, área que os extremistas tentam tomar.
Refém faz propaganda para grupo Estado Islâmico
Os terroristas do grupo Estado Islâmico divulgaram, na segunda-feira, um vídeo na internet de propaganda do grupo, filmado nas ruas de Kobane. Na gravação, o refém britânico John Cantlie é usado pelos ultrarradicais islâmicos para mostrar que eles não têm medo dos combatentes curdos e dos bombardeios norte-americanos.
Os Estados Unidos pedem aos aliados, principalmente árabes, um esforço mais direcionado para combater a propaganda jihadista na internet. O Pentágono informou que gasta diariamente US$ 8 milhões nos bombardeios ao grupo estado islâmico na Síria e no Iraque.
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