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Esporte/Pistorious

Oscar Pistorius é condenado a 5 anos de prisão por morte de namorada

Conhecido por ter sido o primeiro paralímpico a se igualar aos atletas regulares, nos jogos de Londres, em 2012, o sul-africano Oscar Pistorius foi condenado, na manhã desta terça-feira (21), a cinco anos de prisão pelo assassinato de sua namorada, Reeva Steemkamp, em fevereiro de 2013.

Oscar Pistorius durante o processo.
Oscar Pistorius durante o processo. REUTERS/Siphiwe Sibeko
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A sentença proferida pela juíza sul-africana Thokozile Masipa, no tribunal de Pretória, condenou o atleta a cinco anos de prisão em regime fechado, com direito a progressão de pena. A defesa anunciou, no entanto, que vai recorrer da sentença. Logo depois do anúncio, o atleta foi algemado e conduzido a uma cela do Palácio da Justiça, mas deve ser transferido ainda hoje à prisão.

Pistorius, de 27 anos, já havia sido considerado culpado de homicídio culposo, ou seja, quando não há a intenção de matar. Reeva Steemkamp foi abatida com quatro tiros pelo atleta em fevereiro de 2013. Pistorius alega que efetuou os disparos após confundir a companheira com um ladrão. A família de Reeva disse que está satisfeita com a pena atribuída ao atleta.

Trajetória cinematográfica

A sentença marca o fim de um caso que mobilizou a opinião pública durante quase dois anos. Pistorius ficou famoso em julho 2012, quando se tornou o primeiro atleta paralímpico a se classificar para as provas de atletismo dos Jogos Olímpicos. Mesmo sem as duas pernas, competiu na prova dos 400 metros utilizando próteses. No mesmo ano, foi considerado pela revista americana Time como uma das personalidades mais influente do mundo.

Chamado pela imprensa de Blade Runner – em referência ao filme de ficção científica de 1982 –, Pistorius passou a assinar diversos e milionários contratos de publicidade. Sete meses depois da consagração nos jogos de Londres, um incidente viria a transformar a trajetória do corredor. Em uma noite quente de verão, ele dispara quatro tiros de sua arma de 9 milímetros em direção à porta fechada que separava o banheiro de seu quarto. Acaba matando a modelo Reeva Steenkamp, que passava a noite em sua casa.

Ao longo do processo, Pistorius se revelou instável emocionalmente, indo às lágrimas diante do júri em várias ocasiões. Na investigação, vem à tona sua paixão por armas de fogo. O corredor já havia atirado duas vezes em locais públicos: uma por engano, em um restaurante, e outra supostamente para se divertir, de dentro de um carro conversível.

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