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Gaza/Acordo

Fatah e Hamas chegam a acordo sobre governo de unidade em Gaza

O partido palestino Fatah e o grupo islâmico Hamas anunciaram nesta quinta-feira (25), no Egito, que chegaram a um acordo para permitir que o seu frágil governo de unidade exerça autoridade sobre a Faixa de Gaza. O presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, acusava o Hamas de manter um poder paralelo na região, impedindo que a administração de unidade, nomeada em junho, funcionasse efetivamente.

O presidente da autoridade palestina, Mahmud Abbas.
O presidente da autoridade palestina, Mahmud Abbas. REUTERS/Mohamad Torokman
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“Fatah e Hamas chegaram a um acordo completo para o retorno do governo de unidade na Faixa de Gaza”, afirmou Yibril Rayub, membro da delegação do Fatah no Cairo. A informação foi confirmada por Azam al Ahmad, chefe da representação do Fatah, e por Musa Abu Marzuk, dirigente do Hamas.

Em abril deste ano, depois de muitos anos de negociação, o Hamas e a Organização para a Libertação da Palestina, cujo principal membro é o Fatah, firmaram um acordo de reconciliação. Dois meses depois, criaram um governo de unidade formado por membros independentes.

Acordo era condição para ajuda

Mas durante a ofensiva israelense sobre a Faixa de Gaza, em julho e agosto, a Autoridade Palestina de Mahmud Abbas acusou regularmente o Hamas de impedir que o governo trabalhasse na região. O grupo palestino, por sua vez, reclamava a falta de pagamento dos salários de seus cerca de 45 mil funcionários em Gaza.

O acordo desta quinta-feira é fundamental para a conferência de doações que ocorrerá no dia 12 de outubro, no Cairo, já que muitos países condicionam sua ajuda para a reconstrução de Gaza à existência de um governo de unidade, já que o grupo Hamas é considerado terrorista pelos Estados Unidos e pela União Europeia.

O anúncio ocorre depois que palestinos e israelenses concordaram em reatar no fim de outubro suas negociações diretas para chegar a uma trégua duradoura na Faixa de Gaza. A intenção é dar continuidade ao cessar-fogo acordado no dia 26 de agosto para colocar fim a 50 dias de guerra.
 

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