Dez países árabes se unem aos EUA na luta contra o Estado Islâmico
Dez países árabes, incluindo a Arábia Saudita, anunciaram nesta quinta-feira (11) que vão combater ao lado dos Estados Unidos contra os jihadistas do Estado Islâmico no Iraque e na Síria. O comunicado foi publicado depois de uma reunião em Jeddah, na Árabia Saudita, com o secretário de Estado americano, John Kerry.
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A Árabia Saudita, o Barein, os Emirados Árabes, o Kuwait, o Catar, Omã, o Egito, o Iraque e a Jordânia, além do Líbano, se declararam “unidos contra a ameaça que paira na região por conta do terrrorismo em todas as suas formas, incluindo o EI.” Nesta quinta-feira, o presidente americano Barack Obama anunciou um plano de combate contra os jihadistas na região. Ele prevê novos ataques aéreos no Iraque, consultoria militar e envio de armas para rebeldes na Síria, além do reforço da ajuda humanitária às minorias sunitas.
Os ministros das Relações Exteriores da Alemanha e da Grã-Bretanha anunciaram que os dois países não participariam dos ataques aéreos na Síria contra os combatentes do Estado Islâmico, mas o premiê David Cameron declarou algumas horas depois que essa hipótese não estava descartada. O chanceler britânico, Philip Hammond, havia dito que os britânicos apoiavam inteiramente a formação de uma coalizão internacional formada pelos Estados Unidos, mas uma intervenção aérea na Síria já sido vetada no Parlamento em 2013.
Presidente francês desembarca nesta sexta-feira em Bagdá
O presidente François Hollande desembarca nesta sexta-feira no Iraque para prestar seu apoio ao governo do primeiro-ministro Haïdar al-Abadi e do presidente Fouad Massoum, aprovado nesta segunda-feira pelo Parlamento iraquiano. Por questões de segurança, os detalhes da visita do chefe de Estado francês não foram revelados. Hollande poderá passar em Erbil, assim como o chanceler Laurent Fabius, que esteve no dia 10 de agosto na região para supervisionar a entrega de ajuda humanitária francesa para os refugiados.
No próximo dia 15, Hollande se encontrará com os representantes do governo iraquiano em Paris para uma conferência pela paz e a segurança. Os objetivos da reunião são reforçar o apoio da comunidade internacional ao novo governo iraquiano, coordenar a luta contra o Estado Islâmico e reunir esforços para a reconstrução do país. A França já havia anunciado que poderia participar de uma ação militar no Iraque e que se uniria aos EUA, respeitando as leis internacionais, na coalizão contra o EI.
Desde o início de julho, a França também tem enviado armas aos combatentes curdos, conhecidos como peshmergas, que lutam contra os jihadistas no norte do Iraque, onde o EI proclamou a criação de um califado islâmico entre a Síria e o Iraque.
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