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União Africana/Ebola

União Africana pede que restrições de viagens sejam suspensas

Reunida nesta segunda-feira (8) em Addis Abeba, os representantes da União Africana pediram que os países do continente suspendam as restrições de viagens à Guiné, à Libéria, à Serra Leoa e à Nigéria para lutar contra a epidemia. De acordo com o bloco, esta é a única maneira de “favorecer as atividades econômicas”.  

Duas parteiras, usando material para proteção contra o ebola, entregam um recém-nascido para a mãe na Libéria.
Duas parteiras, usando material para proteção contra o ebola, entregam um recém-nascido para a mãe na Libéria. UNFPA Libéria
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Segundo a presidente da Comissão da União Africana, Nkosazana Dlamini-Zuma, caso a suspensão ocorra de fato, deverão ser adotados mecanismos de vigilância nas fronteiras terrestres, marítimas e aéreas. Na abertura do encontro, ela pediu uma resposta "completa e coletiva "e insistiu na necessidade de travar uma batalha "que não conduza ao isolamento e a estigmatização das vítimas, das comunidades e dos países".

"Devemos prestar atenção para não adotar medidas que teriam um impacto social e econômico superior ao do própria doença", acrescentou. "Se é necessário agir para evitar a propagação da doença, devemos também ajudar o setor agrícola e os comerciantes".

De acordo com dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), mais de 4 mil pessoas foram infectadas pelo Ebola desde o início do ano, sendo que 2 mil morreram. Os países mais atingidos são a Guiné, a Serra Leoa e a Libéria, mas uma pessoa também morreu na Nigéria e uma infecção foi confirmada no Senegal.Vários países fecharam suas fronteiras com países atingidos, proibindo a entrada de viajantes. Diversas companhias aéreas também suspenderam suas correspondências nas regiões afetadas pela epidemia.

Risco de transmissão do animal para o homem existe em 20 países

Mais de 22 milhões pessoas vivem em regiões africanas onde existe um risco de transmissão do vírus Ebola do animal para o homem. De acordo com um levantamento dos pesquisadores da universidade de Oxford, cerca de 20 países estão nessa situação, em razão, principalmente, de fatores ambientais. O número é bem maior do que o esperado, segundo os pesquisadores. O objetivo é prevenir futuras epidemias. O vírus, que tem cinco cepas diferentes, chegou ao homem através do contato com um animal infectado.
 

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