Atentado mata 11 policiais egípcios na península do Sinai
Onze policiais egípcios morreram nesta terça-feira (2) no norte da península do Sinai, após a explosão de uma bomba quando passavam com seus veículos. As informações foram reveladas pelos responsáveis das forças de segurança. A região é alvo constante de ataques de jihadistas desde a destituição do presidente islâmico Mohamed Mursi, em 2013.
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Este é o atentado mais violento dos últimos meses no Sinai, região que esteve relativamente calma durante o conflito entre Israel e o Hamas, em Gaza. Mas, de acordo com o correspondente da RFI na região, Alexandre Buccianti, a violência recomeçou na semana passada.
O atentado ainda não foi reivindicado. Além dos onze mortos, dois policiais ficaram feridos. A península do Sinai, que faz fronteira com Israel e a Faixa de Gaza, tem registrado diversos ataques de grupos jihadistas que visam policiais e militares. Há mais de um ano, eles promovem ataques em protesto contra repressão sobre os partidários de Mursi, eleito democraticamente, mas destituído e detido pelo exército em julho do ano passado.
Jihadistas do grupo armado Ansar Beit al-Maqdess, que se diz ligado à rede terrorista Al-Qaeda, divulgaram recentemente um vídeo mostrando quatro beduínos decapitados. A organização, suspeita de ter integrado o Estado Islâmico, afirmou que as vítimas eram "colaboradores do Mossad e do golpe de Estado", em referência ao serviço secreto israelense e ao novo regime egípcio.
Os integrantes do Ansar Beit al-Maqdess são responsáveis pelos ataques mais violentos no último ano no Egito, entre eles, o que visou o ministro do Interior, Mohamed Ibrahim, que os jihadistas consideram o principal articulador da repressão aos partidários de Mursi.
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