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Israel/Palestina

Israel e Hamas prolongam trégua, mas acordo de paz está distante

Israel e o Hamas aceitaram prorrogar por mais 24 horas a trégua humanitária na Faixa de Gaza, que terminaria no primeiro minuto desta terça-feira, pelo horário local. Apesar da extensão do prazo, as negociações indiretas que acontecem no Cairo sob mediação egípcia dificilmente apontam para um cessar-fogo duradouro, já que as duas partes mantêm suas posições aparentemente inconciliáveis.

Habitantes de Gaza aproveitam trégua para fazer compras
Habitantes de Gaza aproveitam trégua para fazer compras REUTERS/Ahmed Zakot
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O impasse é o mesmo: Israel exige o desarmamento da Faixa de Gaza; os palestinos querem o fim do bloqueio que estrangula a economia da região há oito anos. Outro ponto delicado é a proposta de troca dos corpos de dois soldados israelenses mortos pelo Hamas por prisioneiros de Israel. O exército israelense confirmou a prisõa de 93 ativistas do Hamas entre maio e agosto deste ano, além do confisco de dinheiro e armas.

Apesar de as demandas principais continuarem inconciliáveis, nos últimos dias, Israel autorizou a pesca no Mediterrâneo, que estava proibida para palestinos desde 8 de julho. Isso foi visto como um relaxamento da posição israelense. Mas, mesmo com a permissão de adentrar até três milhas náuticas no mar, poucos pescadores arriscaram colocar os barcos n'água.

Tudo será decidido no front

Via Facebook, o líder exilado do Hamas, Mussa Abu Marzuk comunicou que "tudo será decidido no front", já que as negociações não levaram a lugar nenhum. Do lado israelense, o ministro nacionalista da Economia, Naftali Bennett, pediu o fim das negociações, já que, de acordo com ele, o Estado hebreu não deve "negociar, mesmo que indiretamente, com gente que cometeu atos diretos de terror" contra Israel.

No final da tarde, o premiê israelense Benjamin Netanyahu advertiu que responderá "com força", caso o Hamas volte a lançar foguetes contra seu território. Ele afirmou ainda que a operação continuará até que o objetivo de "restabelecer a calma e a segurança" em Israel seja alcançado.

Aumenta o número de mortos

Enquanto se aproximava o fim da trégua humanitária entre Israel e o Hamas, o ministério da Saúde de Gaza anunciou que 2.016 palestinos morreram nas sete semanas de operação israelense nos territórios palestinos. Apesar dos oito dias de relativa calma proporcionados pela sucessão de tréguas, alguns dos 10.196 feridos perderam a vida.

Entre os mortos, há 541 crianças, 250 mulheres e 95 idosos. Do lado israelense, a operação Limite Protetor vitimou três civis e 64 soldados - cinco deles, mortos por "fogo amigo", segundo o exército de Israel.
 

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