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Israel/Faixa de Gaza

Depois de Israel retomar ofensiva, Hamas aceita trégua em Gaza

O Hamas aceitou neste domingo (27) uma nova trégua humanitária na Faixa de Gaza a partir de 9h pelo horário de Brasília. Em comunicado, o porta-voz Sami Abou Zouhri afirma que "os movimentos de resistência" palestinos "aceitam o pedido da ONU". Mais cedo, porém, Israel anunciou a retomada da ofensiva militar, responsabilizando o Hamas pela falta de compromisso em torno de um cessar-fogo temporário.

Bombardeio israelense neste domingo (27) na Faixa de Gaza.
Bombardeio israelense neste domingo (27) na Faixa de Gaza. REUTERS/Suhaib Salem
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O governo de Israel não se pronunciou sobre a posição do Hamas. Em entrevista ao canal de TV CNN, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse apenas que o Hamas rompia sua própria proposta de trégua. Netanyahu destacou que Israel continuará agindo para proteger seus cidadãos.

Em outra intervenção, mais cedo, Netanyahu culpou o movimento radical palestino, que governa Gaza, "pelas perdas civis e a utilização cínica dos habitantes como escudos humanos". O chefe de governo declarou que as Forças Armadas israelenses visam "centros terroristas" em seus bombardeios. "Se moradores de Gaza são atingidos de maneira não intencional, a responsabilidade é do Hamas que não aceitou o prolongamento da trégua humanitária proposto por Israel" na noite de sábado, disse Netanyahu.

O premiê acrescentou que a trégua deveria permitir aos habitantes de Gaza se preparar para a festa mais importante do calendário religioso muçulmano, a Eid al-Fitr, que marcará o fim do mês de jejum do Ramadã na segunda ou terça-feira.

Nesta manhã, ao menos sete palestinos morreram após a retomada das operações israelenses. Em 20 dias de conflito, o número de mortos do lado palestino chegou a 1.100 pessoas, a maioria civis, enquanto Israel contabiliza 43 soldados mortos e dois civis.

Papa pede paz

Em seu sermão na missa dominical no Vaticano, o papa Francisco pediu aos beligerantes que façam a paz no Oriente Médio, no Iraque e na Ucrânia. "Parem com isso", disse o papa. "Eu penso sobretudo nas crianças mortas, feridas, deixadas órfãs, a quem roubam a esperança na vida e não sabem mais sorrir", acrescentou Francisco. "Lembrem-se que na guerra tudo se perde, mas nada é perdido com a paz", afirmou.

França condena 'engrenagem'

O chanceler francês, Laurent Fabius, condenou neste domingo a engrenagem de ataques entre israelenses e palestinos. Fabius defendeu um cessar-fogo de urgência e a abertura de negociações de paz. 

Ontem, em uma reunião realizada em Paris, os ministros das Relações Exteriores de França, Estados Unidos, Reino Unido, Itália, Alemanha, mais Catar e Turquia, aliados do Hamas, pediram um cessar-fogo duradouro e o envolvimento do presidente palestino nas discussões.

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