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Ucrânia/Rússia

Rússia pede que separatistas ucranianos adiem referendo em Donetsk

O presidente russo Vladimir Putin pediu nesta quarta-feira (6) aos separatistas pró-russos na Ucrânia que adiassem o referendo previsto para o dia 11 de maio sobre a independência de Donetsk, e anunciou que a Rússia havia retirado suas tropas das fronteira com a Ucrânia, o que a OTAN não confirmou.

O presidente russo Vladimir Putin ao lado de Didier Burkhalter, dirigente da OSCE e presidente da Suíça
O presidente russo Vladimir Putin ao lado de Didier Burkhalter, dirigente da OSCE e presidente da Suíça REUTERS/Sergei Karpukhin
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O chefe de estado russo anunciou sua decisão na coletiva de imprensa depois do encontro com o presidente suíço e dirigente da OSCE (Organização para a Segurança e a Cooperação da Europa), Didier Burkhalter. Os separatistas pró-russos haviam anunciado para o dia 11 de maio a realização de uma consulta sobre independência da república de Donetsk, perto da fronteira com a Rússia.

O chefe dos separatistas, Denis Pouchiline, disse que a proposta de Putin será analisada nesta quinta-feira durante uma reunião. O presidente russo também disse considerar primordial o diálogo direto entre as autoridades de Kiev e os representantes no sudeste da Ucrânia.

"A população do sudeste precisa acreditar que, depois das eleições do dia 25 de maio, seus direitos serão garantidos", disse o presidente russo. Putin também afirmou que Moscou havia retirado suas tropas da fronteira com a Ucrânia, onde a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) estima que 40 mil homens estivessem posicionados no fim de abril.

Segundo a OTAN, por enquanto não há uma oconfirmação da mudança de posição das tropas russas.

A discussão entre o presidente russo e o dirigente da OSCE também demonstra que ambos estão coordenados nas propostas para solucionar a crise no país. As propostas, segundo o representante da OSCE, engloba quatro pontos: cessar-fogo, desarmamento, abertura do diálogo e novas eleições.

Putin também indicou que é favorável à proposta da chanceler alemã Angela Merkel, que propôs reunir as autoridades de Kiev e os representantes dos separatistas do sudeste da Ucrânia em uma mesa redonda. Por enquanto, uma nova conferência de Genebra, a exemplo da reunião realizada no dia 17 de abril, não está sendo cogitada.
 

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