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Afeganistão/eleição

Afeganistão vai às urnas para escolher novo presidente

Os eleitores do Afeganistão vão às urnas neste sábado (5) para escolherem o novo presidente do país. Essa eleição é vista como um teste crucial para a estabilidade política do país que continua a ser ameaçado por ataques terroristas perpetrados por talibãs. Segundo a Constituição, o atual presidente, Hamid Karzai, não pode concorrer a um terceiro mandato.

Afegãos fazem fila para votar no primeiro turno da eleição presidencial  no dia 05/04/2014.
Afegãos fazem fila para votar no primeiro turno da eleição presidencial no dia 05/04/2014. REUTERS/Ahmad Masood
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De acordo com o Afghanistan Analysts Network, cerca de 12 milhões de votantes são esperados nas zonas eleitorais do Afeganistão. Os eleitores poderão escolher entre 8 candidatos, mas três são apontados como favoritos: o ex-chanceler Abdullah Abdullah, o antropólogo Ashraf Ghani e Zalmaï Rassoul, que também já comandou a diplomacia do país.

Apoiado pela etnia tajique, presente no norte do país, Abdullah Abdullah foi derrotado por Karzai em 2009. Já Ghani e Rassoul são da etinia pashtun, que representa 42% da população. Os três principais candidatos têm programas de governo semelhantes e todos aprovam a assinatura do Acordo Bilateral de Segurança (BSA, na sigla em inglês) com os Estados Unidos. Esse pacto vai propiciar uma ajuda anual de US$ 4 bilhões que é essencial para a segurança do país, sobretudo após a retirada das tropas da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) no final do ano.

Os resultados desse primeiro turno serão conhecidos no próximo dia 24 de abril. Caso nenhum dos candidatos alcance 50% dos votos, o segundo turno será realizado no dia 28 de maio. Mas o resultado final deve demorar para ser divulgado por causa de problemas logísticos. Até chegarem aos locais oficiais de apuração, por exemplo, as cédulas são transportadas, na maioria das vezes, em comboios de mulas, único meio de transporte possível nas áreas mais remotas do país.

Fraudes

Além da ameaça de ataques durante o processo eleitoral e durante a contagem de votos, as fraudes também são outra ameaça. Os poucos observadores internacionais que permaneceram no país após o ataque do hotel Serena no dia 20 de março, reclamaram das condições de trabalho.

Os serviços de trocas de mensagem por telefone celular foram cortados neste sábado. Para a missão de observação da União Europeia, isso representa um “risco” para a “transparência” dessas eleições, avaliou Thijs Berman, chefe da missão. Sem poder trocar informações por torpedo, Berman explica que os observadores ficam sem nenhum comunicação, o que terá um impacto direto no trabalho da equipe.

Quanto à violência, 350 mil militares foram mobilizados para fazer a segurança das sessões eleitorais. Neste sábado, porém, duas pessoas ficaram feridas na explosão de uma bomba artesanal em Logar (centro).

Na última eleição presidencial, em 2009, os talibãs organizaram uma série de ataques no dia do pleito, o que fez com que apenas 30% dos eleitores comparecesse para votar.

 

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