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Genebra 2/Síria

ONU retoma negociações sobre a Síria em Genebra

Os representantes do governo de Bashar al-Assad e da oposição síria voltam nesta segunda-feira (10) à mesa de negociações em Genebra, na segunda rodada da conferência de paz Genebra 2. Com a mediação do emissário especial das Nações Unidas e da Liga Árabe, Lakdhar Brahimi, os dois lados em conflito tentam avançar no delicado tema da transição política.

O chanceler francês, Laurent Fabius.
O chanceler francês, Laurent Fabius. EUTERS/ Jamal Saidi
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A primeira rodada de negociações, que começou no dia 27 de janeiro passado, terminou com único ponto positivo: um acordo local de ajuda humanitária a bairros sitiados pelas tropas de Assad na cidade de Homs. As primeiras informações vindas de Genebra, nesta segunda-feira, não dão muita esperança de avanços.

Hoje, o mediador da ONU continua a negociar separadamente com as duas delegações, do regime e da oposição, exatamente como fez há dez dias. Mas Brahimi espera que amanhã os dois lados em conflito sentem frente a frente na mesma sala. Do lado do governo sírio, permanece o impasse. Os representantes de Bashar al-Assad não aceitam falar de transição política sem a presença do líder alauíta.

Por enquanto, os únicos avanços vêm de Homs. Ontem, a ONU conseguiu retirar 611 civis da cidade depois de um acordo humanitário concluído entre o prefeito de Homs e as Nações Unidas. Com a ajuda da Cruz Vermelha, a ONU forneceu alimentos e remédios para 2 mil pessoas. Essa trégua humanitária pode durar ainda mais três dias.

Os bairros rebeldes de Homs estão encurralados pelas tropas de Assad há um ano e meio. A população sofre com a violência, mas, também, com problemas no abastecimento de água, eletricidade, comida e medicamentos. Moradores resgatados pela ONU e a Cruz Vermelha disseram ter comido grama e azeitonas para sobreviver.

França propõe nova resolução na ONU

O chanceler francês, Laurent Fabius, anunciou hoje de manhã que a França e outros países vão encaminhar um projeto de resolução no Conselho de Segurança das Nações Unidas. O texto exige o acesso de ajuda humanitária para todos os civis que se encontram em cidades sitiadas. Porém, a Rússia, grande aliada do regime sírio, considera que uma resolução global sobre o tema, do Conselho de Segurança, não é necessária. Moscou defende o sistema de acordos pontuais, caso a caso, para ajudar a população síria.

No plano dos combates, a guerra continua intensa. Rebeldes sírios de brigadas islâmicas mataram neste domingo 21 civis e 20 combatentes pró-regime num vilarejo alauíta da província de Hama (centro), segundo a ONG Observatório Sírio dos Direiros Humanos (OSDH).

Por outro lado, após vários dias de violentos enfrentamentos, combatentes do grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) se retiraram da província de Dair az Zour, região rica em petróleo que é disputada por vários grupos rebeldes no leste da Síria. Os extremistas do EIIL recuaram para as províncias de Rakka e Hassaka, também no leste.

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