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Irã/nuclear

Irã diz que vai limitar discussões sobre programa nuclear

O governo iraniano deixou claro nesta segunda-feira (10) que alguns assuntos não entrarão em pauta nas próximas discussões sobre seu programa nuclear, previstas para os dias 18 e 19 de fevereiro. Segundo as autoridades, as questões relacionadas à "defesa" estarão fora dos debates que acontecerão na próxima semana em Viena.

Yukiya Amano, Diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) com o ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif, durante um programa de TV alemã. 2 de Fevereiro de 2014.
Yukiya Amano, Diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) com o ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif, durante um programa de TV alemã. 2 de Fevereiro de 2014. REUTERS/Lukas Barth
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A série de reuniões entre o Irã e as grandes potências promete ser complexa, apesar do acordo assinado em 24 de novembro ter sinalizado avanços. Majid Ravanchi, um dos negociadores iranianos, disse nesta segunda-feira que o país não aceitará o fechamento de nenhuma de suas centrais nucleares.

Em compensação, para tranquilizar os ocidentais em relação aos objetivos do seu programa nuclear, o país deverá limitar a produção de plutônio em seu reator de Arak. Os iranianos também se comprometeram a interromper a construção de uma usina de purificação do material radioativo, que poderia ser usado para fins militares.

O chefe da Organização Iraniana de Energia Atômica (OIEA), Ali Akbar Salehi, disse que o país se recusaria a abandonar definitivamente o enriquecimento de urânio a 20%, como prevê o acordo assinado em Genebra. Ele também anunciou que o país deverá lançar uma nova centrífuga, "15 vezes mais potente."

O acordo de Genebra estipula a interrupção, por seis meses, da produção de material radioativo a alto teor. Neste documento, o país também se compromete a transformar seu estoque em combustível ou urânio a 5%.

Negociações serão complicadas, diz responsável iraniano

Os responsáveis iranianos reiteraram que as negociações serão "difíceis". O chefe da diplomacia, Mohammad Javad Zarif, disse que a maior dificuldade vem da "falta de confiança" dos Estados Unidos.

Paralelamente, no domingo, o Irã aceitou abordar a dimensão militar de seu programa com a AIEA e fornecerá, pela primeira vez, informações sobre o desenvolvimento de detonadores que poderiam ser utilizados na fabricação de uma bomba nuclear.

Segundo a sub-secretária de Estadoamericana Wendy Sherman, a questão do programa balístico iraniano também deverá ser abordada pelo grupo 5 + 1, formado pelos cinco representantes do Conselho de Segurança da ONU mais a Alemanha.

O programa inclui um conjunto de mísseis capazes de atingir Israel e é alvo de diversas sanções da Organização das Nações Unidas.
 

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