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Israel/Sharon

Movimentos palestinos chamam Ariel Sharon de "criminoso"

O presidente francês, François Hollande, foi uma das primeiras autoridades a comentar a morte do ex-primeiro-ministro israelense Ariel Sharon, que faleceu neste sábado (11), depois de ficar oito anos em coma. Para movimentos palestinos, Sharon foi um ''criminoso'' que escapou da justiça internacional.

Um membro do Hamas próximo a Gaza.
Um membro do Hamas próximo a Gaza. REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa
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Dirigentes palestinos criticaram o ex-premiê, morto neste sábado, lamentando que ele não tenha sido levado a julgamento pela Justiça Internacional.

Um responsável do Fatah disse que Sharon seria o responsável pelo assassinato de Yasser Arafaf e que esperava que ele tivesse sido julgado pela Corte Penal Internacional como criminoso de guerra.

Até a morte do líder palestino em 2004, que foi cercado pelas forças armadas israelenses em Ramalá em 2001, Sharon não poupou as ameaças contra Arafat, aumentando as suspeitas de um envenenamento.

O Hamas também divulgou um comunicado, qualificando a morte de Sharon como um "momento histórico", e um exemplo para todos os tiranos.

Para a diretora da organização Human Rights Watch no Oriente Médio, Sarah Leah Whitson, o fato de Sharon não ter comparecido diante da justiça aumenta a dimensão da tragédia para milhares de vítimas. "Seu desaparecimento nos lembra que todos esses anos impunes não tiveram nenhum significado no avanço do processo de paz com os palestinos."

Repercussão sobre a morte do ex-premiê

Para Hollande, Sharon foi um "ator maior na história de seu país." Em um comunicado divulgado neste sábado, o presidente francês lembra que "depois de uma longa carreira militar e política, ele fez a escolha de retomar o diálogo com os palestinos". No texto, Hollande também apresenta suas condolências à família do ex-chefe de governo israelense.

Em um comunicado conjunto, o ex-presidente americano Bill Clinton e a ex-secretária de Estado Hillary Clinton também homenagearam o ex-premiê, dizendo que ele "deu sua vida por Israel", e criou um partido político que "busca a paz a uma segurança duradoura".

O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, divulgou um comunicado onde lembra que a “memória de Sharon sempre estará no coração da nação”. Segundo o premiê, Sharon foi um ‘’guerreiro corajoso e um grande líder militar, que continuou a trabalhar por Israel como primeiro-ministro, depois da deixar as forças armadas”.

Para o presidente Shimon Peres, Sharon foi um dos maiores protetores de Israel e "um de seus arquitetos mais importantes’’.

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