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Egito/Terrorismo

Irmandade muçulmana é declarada organização terrorista no Egito

O governo egípcio declarou oficialmente nessa quarta-feira, 25 de dezembro, a Irmandade Muçulmana como “organização terrorista”. Com a decisão, o partido Liberdade e Justiça, do presidente deposto Mohamed Mursi, braço político da confraria, passa a ser considerado ilegal. As manifestações feitas pelo grupo também foram proibidas, mas o movimento já avisou que vai continuar protestando. 

Manifestações organização pela Irmandade Muçulmana foram proibidas pelo governo egípcio.
Manifestações organização pela Irmandade Muçulmana foram proibidas pelo governo egípcio. REUTERS/Stringer
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As autoridades egípcias aproveitaram o atentado contra a polícia perpetrado na terça-feira em Mansoura para isolar completamente a Irmandade Muçulmana. Mesmo se o ataque foi reivindicado por um grupo próximo da Al Qaeda, o Cairo responsabilizou a confraria pelo episódio, classificando-a oficialmente como uma “organização terrorista”.

Com a decisão, o grupo, assim seu braço político, o partido Liberdade e Justiça, do presidente deposto Mohamed Mursi, passam a ser submetidos a rígida lei anti-terrorismo do país. Uma das repercussões imediatas é a proibição de qualquer manifestação organizada pelos membros do movimento. Uma restrição que atinge diretamente os partidários do ex-chefe de governo, que protestam diariamente para sua volta ao poder.

O vice-primeiro-ministro Hossam Eissa anunciou que o governo vai “punir conforme a lei qualquer um que continue pertencendo ao grupo”. Desde os atentados violentos que marcaram o país em 1992, a legislação egípcia adotou sanções contra terroristas que incluem a pena capital.

Em resposta ao anúncio, a Irmandade Muçulmana afirmou que não pretende cessar seus protestos. “Uma coisa é certa: as manifestações vão continuar”, declarou Ibrahim Mounir, um dos membros do grupo, baseado em Londres.

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