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Iraque/Violência

Grupo ligado à Al-Qaeda reivindica atentado contra televisão no Iraque

O Estado Islâmico no Iraque e no Levante (EIIL), grupo ligado à Al-Qaeda, reivindicou nesta terça-feira, 24 de dezembro de 2013, um ataque realizado na segunda-feira contra um canal de televisão que deixou cinco mortos no norte do país.

Um atentado suicida matou cinco jornalistas iraquianos nesta segunda-feira, 23 de dezembro de 2013.
Um atentado suicida matou cinco jornalistas iraquianos nesta segunda-feira, 23 de dezembro de 2013. Repórteres sem fronteiras
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Integrantes do EIIL atacaram "a sede do canal por satélite Salaheddin que (...) deforma os fatos e luta contra o povo sunita", indicou o grupo em fóruns jihadistas na Internet.

O EIIL afirma que dois de seus membros realizaram o ataque contra o canal, sediado em Tikrit, capital da província de Salahheddin. Na segunda-feira a polícia havia informado que os atacantes eram quatro.

O redator-chefe, um produtor, um jornalista, um apresentador e o responsável pelos arquivos do canal Salaheddin foram mortos no ataque, segundo a polícia. Ao menos cinco outros funcionários ficaram feridos.

"Estou cada vez mais preocupado com os ataques contra jornalistas por elementos extremistas nas últimas semanas", declarou o enviados nas Nações Unidas a Bagdá, Nickolay Mladenov, em um comunicado.

"Esse último ato de terrorismo flagrante contra a televisão de Tikrit deve ser objeto de uma investigação (...) e medidas devem ser tomadas para impedir que tais atos odiosos se reproduzam", disse ele.

"Peço que o governo iraquiano (e o Parlamento) garantam uma proteção adequada aos jornalistas e à mídia no Iraque", completou o enviado da ONU.

A embaixada americana em Bagdá também condenou o ataque. "Trata-se da última de uma recente série de tentativas de intimidação dos jornalistas e da mídia por parte de uma organização que se apresenta como a Al-Qaeda no Iraque", enfatizou a embaixada em um comunicado.

As autoridades iraquianas são regularmente criticadas por causa de atentados contra a liberdade de imprensa e pela impunidade dos assassinos de jornalistas.

2013 foi um ano negro no Iraque, onde a violência voltou a um nível próximo daquele registrado em 2008, quando o país acabava de sair de uma guerra civil, após a invasão americana de 2003.

A cólera da comunidade sunita, que se diz vítima de uma campanha de repressão por parte do governo dirigido pelos xiitas, foi um fator determinante no aumento da violência.

Mais de 6.650 pessoas foram mortas desde o início do ano no Iraque, segundo um balanço realizado pela agência France Presse.

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