Corpo de Mandela é velado em Pretória

Depois de um dia de homenagem com a presença de dezenas de chefes de estado, o caixão com o corpo do líder sul-africano Nelson Mandela foi levado na manhã desta quarta-feira do hospital militar para a sede da presidência em Pretória. Uma multidão deu adeus ao ícone da luta anti-apartheid, que morreu na última quinta-feira aos 95 anos, e será enterrado neste domingo.  

O corpo de Nelson Mandela chega na sede da presidência sul-africana REUTERS/Kim Ludbrook/Pool

Na saída do hospital militar, milhares se pessoas entoavam cantos em homenagem a Mandela.

A multidão se aglomerou nas calçadas à espera da passagem do cortejo. O caixão de Mandela foi colocado em um carro funerário envidraçado, e escoltado por uma ambulância, motos e cerca de 20 carros. "Temos a impressão que é o fim de uma era", disse Faaigia Hartley, uma funcionária de 37 anos.

Na entrada do Union Buildings, a sede da presidência, centenas de pessoas aguardam em fila o momento de dar o útimo adeus ao líder sul-africano, cujo corpo foi colocado em um caixão com tampa de vidro.

O monumento aos mortos das duas grandes guerras desapareceram no meio das flores, mensagens e lembranças trazidas nos último dias pela população.

Diversas personalidades também estiveram presentes no local, entre elas o cantor Bono Vox, do U2  e o ex-presidente americano Bill Clinton.

Cortejo fúnebre atravessará Pretória por três dias

Até sexta-feira, o caixão fará diariamente o trajeto do hospital militar até a sede da presidência. Desta maneira, um número maior de pessoas poderá se despedir do prêmio Nobel da Paz de 1993, que negociou o fim do regime do Apartheid sem guerra civil.

O enterro oficial acontecerá neste domingo, na aldeia Qunu, na província sul-africana do Cabo Oriental, onde a prefeitura organizará nesta quarta-feira sua própria homenagem no ginásio da cidade, com diversos concertos e discursos de personalidades ligadas ao líder.

Entre eles, o ex-capitão da equipe sul-africana de rugby, François Pienaar, vencedor da Copa do Mundo de 1995, que marcou a reconciliação na África do Sul, e inspirou o filme "Invictus."