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Irã/Nuclear

Potências pressionam Teerã para obter acordo sobre nuclear na Suiça

Os chefes da diplomacia de seis grandes potências mundiais estão reunidos em Genebra nesse sábado, 23 de novembro, para tentar chegar a um acordo sobre o programa nuclear iraniano. As negociações estão emperradas há dez anos, mas o representante do Irã afirma que, desta vez, as discussões avançaram.

Os chefes da diplomacia dos Estados Unidos, John Kerry (e), e da Rússia, Sergei Lavrov, se encontram em discutir o programa nuclear iraniano.
Os chefes da diplomacia dos Estados Unidos, John Kerry (e), e da Rússia, Sergei Lavrov, se encontram em discutir o programa nuclear iraniano. REUTERS/Carolyn Kaster
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Os diplomatas do Irã e do grupo 5+1 (Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia, China e Alemanha), já estão em Genebra desde quarta-feira, mas a partir deste sábado eles contam com o reforço dos ministros das Relações Exteriores, que participam de várias reuniões bilaterais e multilaterais durante o dia. As negociações foram retomadas após o fracasso de uma série de encontros realizados na Suíça no início do novembro. Mas segundo o negociador iraniano, Abbas Araghchi, houve progresso desde então. “Ainda há dois ou três pontos de divergências, mas as duas partes se aproximam de um acordo”, disse ele à agência de notícias Fars.

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, já se encontrou com a negociadora oficial das potências mundiais, a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, antes de se reunir com o ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius. O representante de Washington se encontrou em seguida com o chanceler russo, Sergueï Lavrov, que chegou antes dos demais e já se reuniu com o colega iraniano, Mohammad Javad Zarif.

O chefe da diplomacia de Moscou declarou que “pela primeira vez depois de muitos anos, o (grupo) 5+1 tem chances reais de chegar a um acordo”. Já do lado de Berlim o tom é mais ponderado. “Ainda ha muito trabalho” pela frente, declarou o ministro alemão das Relações Exteriores Guido Westerwelle. O britânico William Hague e o chinês Wang Yi também são esperados durante o dia.

França inflexível

Por ter mantido uma postura inflexível, a França chegou a ser apontada como uma das responsáveis pelo impasse durante a reunião de 9 de novembro. Ao chegar a cidade, Laurent Fabius disse que deseja “um acordo sólido” e que está em Genebra “para trabalhar” nesse sentido.

O principal ponto de divergência entre as partes é o enriquecimento de urânio a 20% em solo iraniano. Esse índice é considerado como o limite a partir do qual um país poderia utilizar a substância para construir uma arma atômica. Teerã insiste que utiliza a energia nuclear apenas para fins civis.

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