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Filipinas/tufão

Ajuda de urgência começa a chegar a regiões isoladas das Filipinas

A aguardada ajuda humanitária aos moradores atingidos pelo supertufão Haiyan começou a ser distribuída neste sábado em regiões isoladas das Filipinas. Mas as equipes de socorro alertam para o imenso desafio logístico de chegar a todos os locais de difícil acesso. Diante da lentidão e das dificuldades das equipes, muitos filipinos levam ajuda aos parentes.

Muitas ilhas das Filipinas foram totalmente devastadas pelo supertufão Haiyan.
Muitas ilhas das Filipinas foram totalmente devastadas pelo supertufão Haiyan. REUTERS/Edgar Su
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As equipes de resgate tentar superar as dificuldades de levar água, comida e medicamentos a um número ainda desconhecido de moradores que perderam tudo, mas sobreviveram à passagem de um dos piores tufões da história que atingiu as Filipinas com ventos de até 300 quilômetros por hora. Milhares de moradores continuam sem abrigo, sem eletricidade e à espera de ajuda.

Frustrados com a chegada lenta da ajuda humanitária, muitos filipinos com parentes em áreas isoladas decidiram ir a esses locais para levar comida e produtos de primeira necessidade.

Mais de uma semana após a catástrofe natural, a ajuda aos sobreviventes ganhou novo impulso com a chegada do porta-aviões americano George Washington que é usado como plataforma para o vai e vem ininterrupto de helicópteros e aviões que levam água e comida à Tacloban, na ilha de Leyte, e a outras cidades duramente atingidas pelo tufão.

Em Giporlos, pequena cidade de 12.000 habitantes na costa leste da ilha de Samar, primeiro local atingido pelo Haiyan, helicópteros americanos pousaram na manhã deste sábado no pátio de uma escola em ruínas com o primeiro carregamento.

"Nós estamos muito contentes, mesmo não tendo o suficiente”, afirmou a moradora Maria Elvie Depelco. “Aceitamos o pouco que for e sobreviveremos. Isso porque não há mais comida, nem casas aqui”, disse.

Na cidade vizinha de Guiuan, aviões com mantimentos pousavam e decolavam sem parar em um aeroporto militar. Desde a chegada da frota americana com 8 navios na noite de quinta-feira, 118 toneladas de mantimentos, água e barracas foram entregues e 2.900 pessoas retiradas de locais de risco, segundo o exército americano.

Mais de 170 mil kits da ONU com alimentos, com o suficiente para alimentar uma família durante alguns dias, já foram distribuídos. A Cruz Vermelha e a Médicos Sem Fronteiras esperam dentro de alguns dias montar unidades móveis para realizar cirurgias em Tacloban.

Diante do caos que persiste nas regiões devastadas, estabelecer um balanço da tragédia ainda é um desafio. Mas o último balanço do governo indica que a passagem do supertufão teria deixado pelo menos 3.633 mortos, 1.179 desaparecidos e 12.500 feridos.

Mais de 13 milhões de pessoas foram afetadas pelo tufão, sendo que 1,9 milhão tiveram que deixar duas casas. A ONU afirmou neste sábado que 2,5 milhões de filipinos ainda precisam de ajuda de emergência.
 

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