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Estados Unidos/Israel

Anúncio de novas colônias judaicas ameaça continuidade de processo de paz

Os Estados Unidos querem explicações de Israel, após o anúncio feito pelo governo israelense da construção recorde de 20 mil novas casas em colônias judaicas na Cisjordânia. Já o presidente palestino, Mahmoud Abbas, declarou que colocará um fim oficial das negociações de paz, se Israel não voltar atrás em sua decisão.

A construção de novas colônias judaicas nos territórios palestinos, como a Cisjordânia, pode suspender as negociações de paz.
A construção de novas colônias judaicas nos territórios palestinos, como a Cisjordânia, pode suspender as negociações de paz. Getty/Dan Porges
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"Nós estamos profundamente inquietos, nós fomos surpreendidos por esse anúncio e buscamos atualmente explicações do governo israelense", disse a imprensa Jennifer Psak, porta-voz do departamento de estado americano.

De acordo com uma fonte palestina, o secretário de Estado americano, John Kerry, que já havia feito uma declaração pública alegando que seu país considera a colonização israelense "ilegítima", teria telefonado na terça-feira para Abbas.

O presidente palestino ameaçou acionar o Conselho de Segurança da ONU sobre a questão e retomar o processo de adesão palestina a organizações internacionais e instâncias jurídicas, interrompido em julho por um prazo de nove meses, como uma das condições de retomada do processo de paz. O negociador palestino, Saeb Erakat, informou que realiza consultas urgentes com o secretário-geral da Liga Árabe e com o comitê do Quarteto para o Oriente Médio, formado por Estados Unidos, Rússia, União Europeia e Nações Unidas.

De acordo com o jornal israelense Haaretz, cerca de 10 milhões de euros foram desbloqueados para financiar a construção das novas moradias. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, teria, no entanto, bloqueado a construção de 1.200 delas previstas para o setor que conecta Jerusalém Oriental com a Cisjordânia. O projeto, que corta em dois o território palestino da Cisjordânia e inviabiliza uma solução a dois Estados, foi duramente criticado pela comunidade internacional.

No inicio do mês, no momento da visita de Kerry ao país, o governo israelense havia anunciado a construção de 20 mil casas em colônias da Cisjordânia e em Jerusalém Oriental. Graças à mediação americana, os dois campos retomaram no final de julho desse ano o diálogo direto, após anos de bloqueio, para buscar uma saída para o longo conflito na região.

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