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Vaticano/Política

Papa Francisco e Aung San Suu Kyi discutem paz e democracia no Vaticano

O papa Francisco se encontrou nesta segunda-feira com a prêmio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi, e os dois expressaram sua “sintonia fundamental” sobre a paz e a democracia, segundo o Vaticano. O Sumo Pontífice também recebeu em audiência na Santa Sé o presidente do Banco Mundial, o americano Jim Yong Kim.

O Papa saúda Aung San Suu Kyi em sua chegada ao Vaticano nesta segunda-feira, 28 de outubro. .
O Papa saúda Aung San Suu Kyi em sua chegada ao Vaticano nesta segunda-feira, 28 de outubro. . REUTERS/Osservatore Romano
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O encontro do Papa Francisco com a líder da oposição em Mianmar na biblioteca do Palácio pontifical durou cerca de 20 minutos. Na ocasião, o Papa afirmou sua admiração pelo engajamento da líder da oposição em Mianmar pela não-violência em favor da paz e da democracia. Essa postura é a mesma defendida pelo Papa, disse o porta-voz da Santa Sé, o padre Federico Lombardi.

Aung San Suu Kyi, líder histórica que combateu a junta militar dissolvida em 2011 foi aplaudida pelos profissionais da televisão do Vaticano na sua chegada ao local.

“O Papa declarou que reza por Mianmar, pelo diálogo interreligioso neste país. Ele também garantiu que a Igreja estava a serviço de todos em Mianmar, sem discriminação”, afirmou Lombardi.

Este primeiro encontro entre Suu Kyi e o papa Francisco acontece durante a turnê europeia da líder da Liga nacional para a Democracia, o principal partido de oposição em Mianmar, país onde os católicos são minoria (cerca de 1° da população).

O país enfrenta nos últimos anos um aumento da tensão interreligiosa, especialmente entre budistas e muçulmanos. O Vaticano e Minamar não mantém relações diplomáticas. Aung San Suu Kyi recebeu neste domingo em Roma o título de cidadã benemérita da cidade.

Economia

Além de paz e democracia, o Sumo Pontífice teve ocasião de discutir a situação da economia com o presidente do Banco Mundial, o americano de origem sul-coreana Jim Yong Kim.

O papa Francisco, que fez da luta contra a desigualdade entre as regiões Norte e Sul do planeta, tem insistido desde o início de seu pontificado, em março, sobre uma distribuição mais justa de recursos econômicos, a luta contra a pobreza e tráficos em escala mundial além de uma melhor regulação dos mercados financeiros.

Essa linha segue as orientações da Santa Sé, especialmente durante os anos de pontificado de João Paulo Segundo. O carisma do Papa Francisco e sua vontade de mostrar um Igreja mais próxima dos pobres deu novo impacto a essa cruzada no plano internacional.

Pouco mais de um ano à frente do Banco Mundial, o americano Jim Yong Kim estabeleceu como meta elevar o número de pessoas vivendo com menos de 1,25 dólar por dia para acima de 3% da população mundial em 2030.

 

 

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