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Economia/OMC

Azevêdo quer relançar negociações sobre o comércio mundial

Em seu primeiro discurso como novo diretor da Organização Mundial do Comércio, o brasileiro Roberto Azevêdo pediu que os governos relancem o mais breve possível as negociações comerciais globais para afastar o risco de cair no protecionismo e nos acordos regionais.

Roberto Azevêdo tem como meta relançar negociações sobre o comércio mundial
Roberto Azevêdo tem como meta relançar negociações sobre o comércio mundial REUTERS/Ueslei Marcelino
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O discurso foi feito hoje na seda de OMC, em Genebra, diante de representantes dos 159 países membros da instituição. Azevêdo reconheceu que é evidente que o atual sistema enfrenta muitas dificuldades e está em crise. Segundo ele, o mundo pensa que a OMC esqueceu de como se negocia. "Somos vistos como uma instituição paralisada e é o futuro do sistema multilateral do comércio que está em jogo", afirmou o brasileiro.

Roberto Azevêdo, que foi eleito em maio e assumiu a direção da OMC em 1° de setembro deste ano, declarou ainda que os países menores e mais vulneráveis são os que têm mais a perder sem um sistema multilateral de comércio.

Entre os imensos desafios de Azevedo à frente da OMC, está o resgate da credibilidade do sistema de negociações e da própria entidade que não conseguiu ainda desbloquear a Rodada Doha, criada em 2001 no Catar, e que deveria definir as novas regras do comércio mundial. O principal objetivo da Roda de Doha é o de abrir os mercados e diminuir as barreiras comerciais como taxas e subsídios excessivos.

As negociações estão paralisadas. Azevêdo pretende superar os obstáculos para desbloquear as negociações durante a próxima Conferência Ministerial prevista para o mês de dezembro, em Bali, na Indonésia. "O mundo não vai esperar a OMC indefinidamente", disse.

Roberto Azevêdo alertou para o risco de prevalecerem acordos que, segundo ele, serão pouco eficientes em termos globais. O brasileiro se referiu às negociações dos Estados Unidos para a criação de uma área de livre comércio com a União Europeia e outros 12 países da região do Pacífico. "Devemos ficar vigilantes para evitar o protecionismo", defendeu Roberto Azevêdo em seu discurso.
 

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