África do Sul espera morte iminente de Mandela

A África do Sul está na expectativa de notícias sobre o estado de saúde de Nelson Mandela. Centenas de pessoas fazem vigília diante do hospital em Pretória onde o ex-presidente está internado e o número de jornalistas e equipes de televisão no local não para de aumentar. Sem esperança de recuperação, sua família já começou os preparativos para o sepultamento.

Entrada do Medi-Clinic Heart Hospital de Pretória, onde cidadãos anônimos deixam presentes, flores e mensagens de apoio a Mandela. REUTERS/Dylan Martinez

Segundo a imprensa, os membros mais velhos do clã real dos Thembus, do qual faz parte Nelson Mandela, vão visitar o ex-presidente nesta quarta-feira, 26 de junho de 2013,  no hospital de Pretória onde ele está internado a fim de ver qual é sua situação e discutir as providências a serem tomadas.

Agora que o estado de saúde crítico do ícone da luta contra o apartheid deixa pouca esperança de uma recuperação, sua família começa os preparativos para o enterro. Mas os detalhes ameaçam causar discórdia dentro do clã.

Nelson Mandela havia expressado o desejo de ser sepultado em Qunu, o vilarejo onde ele passou sua infância.

Uma boa parte da família quer, segundo a imprensa local, que os restos mortais dos três filhos de Mandela sejam enterrados novamente em Qunu. Mandla, neto do ex-presidente e atual chefe do clã, havia transferido as sepulturas em 2011 para Mvezo, vilarejo natal de Mandela, sem pedir a opinião dos outros.

Furioso, Mandla teria saído de uma reunião familiar nesta terça-feira batendo a porta.

O estado de saúde do ex-presidente piorou no último final de semana. Ele está internado desde o dia 8 de junho devido a uma infecção pulmonar.

Muitos sul-africanos se reúnem diante do hospital para rezar por Mandela e o número de jornalistas e equipes de televisão no local não para de aumentar.

As visitas ao heroi nacional são rigorosamente controladas. Em giro pela África, o presidente norte-americano Barack Obama queria encontrar Mandela, mas nesta terça-feira a chanceler sul-africana afirmou que isso provavelmente não será possível.