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Unesco/Síria

Unesco inclui 6 locais da Síria na lista do patrimônio mundial em perigo

A Unesco colocou na lista de patrimônio mundial em perigo seis locais históricos da Síria que estão ameaçados pelos combates entre os rebeldes e as forças do presidente Bashar al-Assad. A decisão foi anunciada nesta quinta-feira pelo Comitê do Patrimônio Mundial da organização, reunido atualmente no Vietnã.

A Fortaleza de Saladino faz parte dos seis monumentos históricos da Síria ameaçados pelos combates, segundo a Unesco.
A Fortaleza de Saladino faz parte dos seis monumentos históricos da Síria ameaçados pelos combates, segundo a Unesco. Wikipédia
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As localidades em perigo, segundo a Unesco, são as cidades velhas de Damasco, Bosra e Alepo, que sofreu estragos consideráveis desde o início da revolta, em março de 2011, além do oásis de Palmira, a Fortaleza de Saladino, o Krak dos Cavaleiros e as aldeias antigas do norte da Síria.

“A decisão foi tomada para reunir apoios com o objetivo de salvaguardar estes locais”, disse Roni Amelan, porta-voz da organização. O comitê também aprovou a proposta francesa de criação de um fundo especial para ajudar na conservação destes locais.

Nos documentos preparatórios da reunião, a Unesco sublinhou que as informações sobre as destruições eram “parciais” e provenientes de fontes nem sempre verificáveis, como as redes sociais e um relatório das autoridades sírias que “não reflete necessariamente a situação real em todo o seu conjunto”. Mas face a um conflito armado cada vez mais amplo, “já não estão reunidas as condições para garantir a conservação e a proteção do valor universal excepcional destes seis locais”, sublinha a Unesco. “Alepo, em particular, sofreu danos consideráveis”.

Em abril passado, o minarete da Mesquita Omíada de Alepo, jóia histórica do norte da Síria, ruiu. O monumento não resistiu a meses de combates nos arredores. Construída no século VIII e renovada no XIII, a mesquita já tinha sofrido importantes danos no segundo semestre de 2012.

Em setembro de 2012, o souq de Alepo, com lojas centenárias com portas em madeira, foi parcialmente destruído pelas chamas. A cidadela foi igualmente danificada. A Unesco foi informada de atos de pilhagem no mercado.

Desde o início dos combates, o órgão da ONU lançou vários alertas, pedindo às forças em confronto que poupassem o patrimênio cultural do país e alertou a comunidade internacional sobre o risco do tráfico de bens culturais.

No sábado, os ministros das Relações Exteriores do grupo Amigos da Síria, que reúne 121 países, se reúnem no Catar para discutir meios de enviar ajuda aos opositores do regime de Damasco.

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